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Trump promete centenas de ações executivas no primeiro dia da Presidência
Após a tomada de posse, Donald Trump terá 100 ordens executivas prontas a avançar. Foco deverá estar na imigração, mas também são esperadas medidas no comércio externo e na energia.
O primeiro dia da Presidência de Donald Trump, que toma posse nesta segunda-feira, deverá ser marcado por centenas de ações executivas, incluindo uma centena de ordens de caráter vinculativo, visando maiores restrições à imigração, ações na política comercial, mas também uma nova declaração de emergência nacional orientada para o aumento da produção de petróleo e gás pelos Estados Unidos, avançam vários órgãos e agências internacionais.
A promessa de desencadear centenas de decisões presidenciais nas primeiras horas do novo mandato foi deixada por Trump neste domingo, num comício com apoiantes em Washington no qual este prometeu avançar com "força e velocidade" sem precedentes.
Na véspera da tomada de posse, o novo Presidente prometeu usar os poderes para reverter várias medidas do antecessor, Joe Biden, sendo esperadas, por exemplo, reversões na regulamentação ambiental ou nas medidas de inclusão e diversidade entre o pessoal militar. No comício, Trump prometeu também reforçar programas de inteligência artificial, criar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), tornar acessíveis os registos sobre o assassinato de John F. Kennedy em 1963, ou ainda avançar com um novo sistema antimíssil, escreve a BBC.
Segundo o jornal britânico Financial Times, a prioridade estará nas restrições à imigração, conforme já sinalizado pela equipa do Presidente eleito em novembro. É esperada uma declaração de emergência relativa à fronteira com o México, mais recursos para deter migrantes que a atravessam, limitações à concessão de asilo e ainda o lançamento da maior iniciativa de deportação de imigrantes na história dos Estados Unidos.
Na política comercial, também são esperadas iniciativas nas primeiras horas. O jornal lembra que Trump quer forçar os parceiros comerciais a acordos que incluam concessões em aspetos como migrações, tráfico de droga e até mesmo a venda da Gronelândia. Estão também prometidas taxas sobre importações destinadas a encorajar as empresas a produzirem mais nos Estados Unidos.
Mas Trump também poderá recorrer a poderes de emergência para aplicar taxas alfandegárias, com o Financial Times a indicar que a equipa do novo Presidente está a estudar opções para uma imposição rápida de tarifas sobre as importações de aço e alumínio.
Na energia, a Bloomberg avança nesta segunda-feira também que Trump deverá declarar ainda emergência nacional na área da energia, numa iniciativa que visará por um lado escalar a produção nacional de petróleo e gás e por outro repelir legislação ambiental da Administração anterior.
A Bloomberg diz não ser claro como os poderes de emergência serão usados, mas refere que a declaração poderá dar poderes ao Presidente em matérias relacionadas com o transporte de crude ou a geração e transmissão de eletricidade.
A agência indica também que é esperado que Trump ponha fim a uma moratória a novas licenças para exportação de gás natural liquefeito, e que avance na retirada de apoios a veículos elétricos.