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Trump poderá impor tarifas de quase 40% sobre a China no início de 2025
Sondagem da Reuters junto de economistas aponta que presidente eleito dos Estados Unidos deve resistir a impor tarifas de 60% às importações da China, como prometeu enquanto candidato, mas advertem que recuo pode ainda assim travar crescimento da segunda maior economia mundial.
Os Estados Unidos poderão impor tarifas de quase 40% sobre importações de produtos da China no início do próximo ano, revela uma sondagem da Reuters junto de economistas, o que é passível de reduzir o crescimento da segunda economia do mundo em até um ponto percentual.
A sondagem, a primeira sobre a economia chinesa feita pela Reuters desde as eleições presidenciais dos Estados Unidos, a 5 de novembro, aponta que Donald Trump deverá resistir a começar com tarifas gerais de 60% sobre os produtos chineses, como ameaçou, enquanto candidato.
Trump, que inicia o mandato em janeiro, propôs durante a campanha avançar com pesadas tarifas sobre as importações da China como parte do chamado pacote de medidas comerciais "América Primeiro", causando mal-estar em Pequim, com o presidente chinês, Xi Jinping, advertir para os riscos de um retrocesso na globalização, referindo-se às tarifas que o próximo inquilino da Casa Branca anunciou que pretendia implementar.
Como recorda a agência de notícias, não só as taxas alfandegárias que propôs são mais elevadas do que o intervalo 7,5%-25% que aplicou à China durante o seu primeiro mandato, como também a economia chinesa se encontra numa posição muito mais vulnerável, por força de uma prolongada crise imobiliária, riscos da dívida e a fraca procura interna.