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Tribunal brasileiro suspende acordo de fusão entre a Boeing e a Embraer
Nos termos do acordo, a fabricante norte-americana de aeronaves iria deter 80% do novo negócio e a Embraer os 20% restantes.
Um tribunal do Brasil suspendeu esta quinta-feira, de forma provisória, o acordo de fusão entre a empresas aeronáutica norte-americana Boeing e a brasileira Embraer, através do qual tentaram criar uma terceira empresa, informaram fontes oficiais.
A decisão foi tomada pelo juiz Victorio Giuzio Neto, do Tribunal Federal de São Paulo, e responde a um recurso interposto por deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde Abril passado por corrupção.
Nos termos do acordo, a fabricante norte-americana de aeronaves iria deter 80% do novo negócio e a Embraer os 20% restantes.
O juiz suspendeu qualquer decisão da Embraer que leve à transferência da sua parte comercial para a outra empresa.
"Defiro parcialmente a liminar, em sentido provisório e cautelar, para suspender qualquer efeito concreto de eventual decisão do conselho [de administração] da Embraer que concorde com a segregação e transferência da parte comercial da Embraer para a Boeing através de joint-venture a ser criada", decidiu Victorio Neto.
Em Julho, a Boeing e a Embraer, que é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo e líder no segmento de aeronaves para voos regionais, assinaram um acordo preliminar para avançarem com a formação da joint-venture, uma nova empresa na área de aviação comercial, avaliada em 4,75 mil milhões de dólares (cerca de 4,17 mil milhões de euros).