O grupo Tranquilidade quer atingir este ano uma quota de mercado de 9% no ramo não vida, depois de no ano passado ter perdido quota, afirmou hoje Peter Brito e Cunha, CEO do grupo, na apresentação dos resultados de 2006.

Em 2005, a quota de mercado não vida do grupo segurador era de 8,5%, que caiu em 2006 para 8,3%. Por seu lado, a quota de mercado da T-Vida, constituída em Julho do ano passado, era de 0,6%.

De acordo com Peter Brito e Cunha, sem o canal bancário, a companhia chegou ao final de 2006 no primeiro lugar do ranking de seguradoras em PPR, conjuntamente com a Axa, e em quarto lugar em produtos tradicionais.

Os resultados líquidos da área de seguros, sem resultados não recorrentes, subiram 21,3% no ano passado para os 32,5 milhões de euros.

Os prémios brutos emitidos na área Não Vida caíram 1,2% para 360,7 milhões de euros, influenciados, segundo o CEO do grupo, pela nova lei das cobranças, que gerou anulações automáticas de seguros automóveis. A produção de seguro automóvel registou no ano passado uma quebra de 3,7% para os 172,1 milhões de euros.

O responsável, que não acredita que o mercado cresça muito este ano, considera que em 2007 ainda se vão sentir os efeitos da nova lei de cobranças.  

Relativamente ao rácio de sinistralidade, a Tranquilidade apresentou uma redução de 69,1% para 67,6%.

Relativamente aos programa assurfinance, lançado em 1999, Peter Brito e Cunha destacou que hoje já 15% do crédito à habitação do BES é angariado através da rede de agências da Tranqulidade e que 21% dos novos clientes do banco foram angariados por agentes da companhia.

Por seu lado, cerca de um terço do seguro auto têm associado o cartão T e o encaminhamento de empresas pelo BES já representa cerca de 25% do valor total de prémios da companhia.

A rede de postos avançados é hoje de 19, estando previstas novas aberturas ao longo de 2007, prevendo a Tranquilidade atingir as 31 no final do ano.