Notícia
Trabalhadores exigem investimentos para descarbonizar refinaria da Galp em Sines
A posição surge no mesmo dia em que decorre um protesto junto à refinaria de Sines (Setúbal) convocado pelo coletivo Climáximo, para exigir o "encerramento planeado e gradual" da unidade até 2025.
18 de Novembro de 2021 às 12:14
A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal defendeu esta quinta-feira a necessidade de aprovação imediata dos investimentos destinados à descarbonização" da refinaria de Sines da Galp e convidou o coletivo Climáximo a integrar esta "frente".
"A CCT pretende endereçar um convite público à Climáximo para, conjuntamente, estabelecermos uma frente que reivindique a descarbonização da refinaria de Sines até 2025, tal como a própria administração gizou no seu plano estratégico", diz a estrutura representativa dos trabalhadores, em comunicado.
A posição da CCT surge no mesmo dia em que decorre um protesto junto à refinaria de Sines (Setúbal) convocado pelo coletivo Climáximo, a partir das 13:30, para exigir o "encerramento planeado e gradual" da unidade até 2025.
Segundo o grupo de ativistas, trata-se de uma "ação não violenta de desobediência civil e de bloqueio" àquela refinaria.
No comunicado enviado hoje à agência Lusa, a CCT da Petrogal convida a Climáximo a "juntar-se" à sua "reivindicação para assegurar a transição energética, os postos de trabalho e o futuro do país".
Mas alerta que "qualquer reivindicação que ponha à cabeça o encerramento de qualquer instalação industrial sem uma alternativa concreta não serve o objetivo de esclarecimento da opinião pública".
O que acontece é que "desfavorece qualquer processo de transição energética sustentada, enquanto procedimento com um ponto de partida e de chegada, algo que não existe atualmente".
"Não se altera um processo que é extremamente injusto e sobretudo desequilibrado" ao clamar "por um encerramento sem alternativa a curto prazo e ao mesmo tempo clamando pela defesa dos postos de trabalho", afirma.
A CCT defende que, em matéria de combate climático, "há uma urgência de discernimento entre a árvore e a floresta e, sobretudo, na escolha de causas que vão para lá do panfleto simplista".
Em Portugal, "o que é assumido pelo Governo como 'transição energética' é um processo de desindustrialização acelerado do país sem impacto líquido na redução global de emissões de CO2 [dióxido de carbono] para a atmosfera" e que, ao mesmo tempo, tem "um impacto brutal na destruição de emprego", argumenta a CCT.
No comunicado, a CCT expressa ainda "confiança" de que os trabalhadores "saberão lidar pacificamente com ações fora de contexto e incompreensíveis à luz da razão".
A ação de protesto desta quinta-feira da Climáximo, intitulada "Vamos Juntas!", integra a campanha global "Collapse Total", a qual pretende, durante esta semana, "causar disrupção à Total Energies e empresas líderes na produção de combustíveis fósseis".
A iniciativa, que pretende levar a Sines ativistas de todo o país, reclama uma transição justa que "responsabilize a Galp e envolva trabalhadores e comunidades afetadas e um futuro muito próximo com democracia energética em Sines e no país", segundo um comunicado do coletivo enviado à agência Lusa.
Durante o bloqueio, o coletivo vai reivindicar a elaboração de "um plano de transição justa baseado num diálogo social que privilegie os trabalhadores e as comunidades afetadas".
Os ativistas querem ainda "a garantia imediata de emprego público ou reforma, sem perda de rendimentos, para todos os trabalhadores diretos ou indiretos da refinaria", lê-se no comunicado.
"A CCT pretende endereçar um convite público à Climáximo para, conjuntamente, estabelecermos uma frente que reivindique a descarbonização da refinaria de Sines até 2025, tal como a própria administração gizou no seu plano estratégico", diz a estrutura representativa dos trabalhadores, em comunicado.
Segundo o grupo de ativistas, trata-se de uma "ação não violenta de desobediência civil e de bloqueio" àquela refinaria.
No comunicado enviado hoje à agência Lusa, a CCT da Petrogal convida a Climáximo a "juntar-se" à sua "reivindicação para assegurar a transição energética, os postos de trabalho e o futuro do país".
Mas alerta que "qualquer reivindicação que ponha à cabeça o encerramento de qualquer instalação industrial sem uma alternativa concreta não serve o objetivo de esclarecimento da opinião pública".
O que acontece é que "desfavorece qualquer processo de transição energética sustentada, enquanto procedimento com um ponto de partida e de chegada, algo que não existe atualmente".
"Não se altera um processo que é extremamente injusto e sobretudo desequilibrado" ao clamar "por um encerramento sem alternativa a curto prazo e ao mesmo tempo clamando pela defesa dos postos de trabalho", afirma.
A CCT defende que, em matéria de combate climático, "há uma urgência de discernimento entre a árvore e a floresta e, sobretudo, na escolha de causas que vão para lá do panfleto simplista".
Em Portugal, "o que é assumido pelo Governo como 'transição energética' é um processo de desindustrialização acelerado do país sem impacto líquido na redução global de emissões de CO2 [dióxido de carbono] para a atmosfera" e que, ao mesmo tempo, tem "um impacto brutal na destruição de emprego", argumenta a CCT.
No comunicado, a CCT expressa ainda "confiança" de que os trabalhadores "saberão lidar pacificamente com ações fora de contexto e incompreensíveis à luz da razão".
A ação de protesto desta quinta-feira da Climáximo, intitulada "Vamos Juntas!", integra a campanha global "Collapse Total", a qual pretende, durante esta semana, "causar disrupção à Total Energies e empresas líderes na produção de combustíveis fósseis".
A iniciativa, que pretende levar a Sines ativistas de todo o país, reclama uma transição justa que "responsabilize a Galp e envolva trabalhadores e comunidades afetadas e um futuro muito próximo com democracia energética em Sines e no país", segundo um comunicado do coletivo enviado à agência Lusa.
Durante o bloqueio, o coletivo vai reivindicar a elaboração de "um plano de transição justa baseado num diálogo social que privilegie os trabalhadores e as comunidades afetadas".
Os ativistas querem ainda "a garantia imediata de emprego público ou reforma, sem perda de rendimentos, para todos os trabalhadores diretos ou indiretos da refinaria", lê-se no comunicado.