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Trabalhadores da Boeing em Seattle rejeitam acordo e mantêm greve

O anúncio do sindicato, levou as ações da Boeing a desvalorizarem 1,76% no fecho de Wall Street. Esta quinta-feira caem 2,82% no pre-market.

Em março, a Boeing anunciou que estava a preparar alterações dos gestores de topo. O atual CEO, Dave Calhoun, vai deixar o cargo no final do ano.
Benoit Tessier/Reuters
24 de Outubro de 2024 às 10:47
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Os trabalhadores da Boeing em Seattle, nordeste dos Estados Unidos, rejeitaram o último projeto do acordo social proposto pela construtora aeronáutica e retomaram a greve que está a paralisar duas importantes fábricas desde setembro, indicou um sindicato.

Cerca de 64% dos membros da secção local do sindicato dos maquinistas (IAM) votaram na quarta-feira contra o plano, disse o grupo na rede social X (antigo Twitter).

A última oferta da Boeing previa um aumento salarial de 35% em quatro anos, mas sem restabelecer o regime de pensões abolido em 2008, exigência de muitos trabalhadores.

O anúncio do sindicato, levou as ações da Boeing a desvalorizarem 1,76% no fecho de Wall Street. Esta quinta-feira caem 2,82% no pre-market.


A Boeing anunciou na quarta-feira um prejuízo líquido de 6,17 mil milhões de dólares (5,72 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, sendo as consequências da greve em curso uma das causas.

No terceiro trimestre, a Boeing entregou 116 aviões comerciais, menos 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

"A minha missão é clara, colocar este grande navio no rumo certo e fazer a Boeing regressar à posição de líder que conhecemos e desejamos", indicou o presidente executivo do grupo, Kelly Ortberg.

"Estamos preocupados com os desafios de hoje, mas devemos construir as bases da Boeing de amanhã", acrescentou, detalhando as prioridades dessa missão, a começar por "uma mudança fundamental da cultura" no seio da empresa.

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