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Tecnicrédito expande para Hungria e Espanha em 2003
A Tecnicrédito vai expandir a rede de sucursais na Hungria e Espanha durante 2003, prevendo, no mesmo período, manter inalterado o produto bancário, disse ao Negocios.pt Vítor Nunes, administrador da instituição.
No ano passado, a instituição de crédito do grupo Auto Industrial que comercializa as marcas de automóvel Opel, Renault, Ford, Citroen, Jeep e Mercedes-Benz, entre outras, registou resultados consolidados de 13,7 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 9% face ao ano anterior.
A actividade na Hungria, que representou 20% dos lucros do grupo Tecnicrédito, apresentou resultados líquidos de 2,75 milhões de euros em 2002.
«Temos três sucursais e queremos abrir mais duas em 2003. O objectivo é termos sete balcões em 2004», afirmou ao Negocios.pt Vítor Nunes.
A instituição de crédito nacional entrou na Hungria em 1998 com a expectativa do país integrar o primeiro alargamento dos países do Leste na União Europeia, como se veio a verificar, e por considerar que face ao parque automóvel poderia aproveitar o seu potencial de crescimento, explicou a mesma fonte.
A internacionalização da Tecnicrédito estará também centrada no reforço das operações em Espanha. «Em 2002, abrimos uma sucursal em Madrid e queremos marcar presença noutros mercados em Espanha. Podemos lançar uma ou duas sucursais», destacou a mesma fonte.
O produto bancário da Tecnicrédito atingiu os 255 milhões de euros no ano passado. O grupo estima «manter esse indicador em 2003, apesar da conjuntura económica, com a aposta de crédito de automóveis novos», revelou o administrador da entidade financeira.
A racionalização de custos continuará, durante 2003, a ser alvo de especial atenção e controlo. A empresa conta com 333 colaboradores, não pretendendo reduzir este valor.
A Tecnicrédito concede crédito com recurso a empréstimos obrigacionistas, a operações de securitização e titularização de créditos, não dispondo de depósitos de clientes.
Tecnicrédito afasta entrada em BolsaA Tecnicrédito mostrou, no passado, intenção de estar cotada na Bolsa nacional, tendo mesmo, referido que estaria disposta a ingressar no Novo Mercado, que foi criado para o segmento de empresas com elevado potencial de crescimento.
De momento, a empresa afasta este cenário. «Neste momento, não temos timing nem decisão tomada sobre a cotação em Bolsa», adiantou o mesmo responsável.
«Admitimos que seja algo (cotar em Bolsa) que possa vir a acontecer. Quando o mercado criar condições, admitimos vir a estudar a hipótese de entrar no mercado de capitais», frisou ao Negocios.pt Vítor Nunes.