A TAP precisará de uma injecção de capital no montante de 82,8 milhões de euros (16,6 milhões de contos) para poder apresentar lucros a partir de 2003, segundo o plano de reestruturação apresentado hoje à Comissão Europeia pelo ministro do Equipamento Social Ferro Rodrigues.

O reforço financeiro previsto pelo Governo ascende a 45,1 milhões de euros (9 milhões de contos), durante o ano de 2001, e 37,9 milhões de euros (7,6 milhões de contos), para atingir lucros em 2003.

Ferro Rodrigues assegurou que a privatização da empresa será realizada sem a intervenção do sector público ou de sociedades anónimas com capital público, como por exemplo a Caixa Geral de Depósitos.

A garantia surgiu depois da Comissão Europeia ter advertido o Governo que Portugal não poderia utilizar mais capitais públicos para viabilizar a empresa.

A TAP «não pode aceitar ajudas da parte do sector público administrativo», porque isso iria violar as leis da concorrência, referiu a agência «Lusa», citando a comissária dos Transportes Loyola de Palacio.

O plano de reestruturação da TAP foi apresentado hoje à Comissão Europeia (CE), sem que o Ministro Ferro Rodrigues tenha avançado o nome dos potenciais interessados, excluídas que estão as empresas estatais.

No plano de reestruturação da TAP está prevista uma de redução para metade dos prejuízos registados este ano para os 59,85 milhões de euros (12 milhões de contos).

Os prejuízos da TAP atingiram o ano passado cerca de 125 milhões de euros (25 milhões de contos), o que levou ao recuo do grupo suiço que controla a Swiss Air na parceria acordada com a transportadora nacional.