A Corticeira Amorim não vai pagar dividendos, em 2009, referentes ao último exercício, uma medida que é considerada de razoável pelos analistas, dadas as dificuldades que o sector enfrenta, mas que para o BPI significa o desaparecimento de um dos factores “atractivos” da empresa liderada por António Amorim.

“Isto significa que um dos atractivos da Corticeira Amorim (o ‘dividend yield’) desaparece, e é mais um sinal de que as perspectivas de lucros da empresa enfrentam uma significativa deterioração”, refere a equipa de “research” do BPI, no “Iberian Daily”. O banco previa um corte na remuneração.

O Espírito Santo Research afirma que é “razoável” a decisão da Corticeira Amorim de não pagar dividendo “dadas as dificuldades que o sector enfrenta”. Sublinha que a medida está “em linha com as declarações feitas por António Amorim” em que o presidente executivo salientou a necessidade de “ter uma política de restrição de gastos em 2009”.

A notícia do não pagamento de dividendos por parte da Corticeira Amorim é avançada, hoje, pelo Negócios. Fonte oficial da empresa confirmou que a administração da empresa não propôs a distribuição de dividendos, situação que não se verificava desde 2003.

As acções da Corticeira Amorim, que ontem terminaram a sessão em alta de mais de 7%, estão hoje a perder 1,33% para 0,74 euros, cotação que avalia a empresa em 98,4 milhões de euros.