Notícia
Subida dos preços compromete transporte ferroviário
Na carta enviada ao Governo, a APEF, que integra a Medway, Takargo e Captrain España S.A.U. (ex-Comsa Rail), disse esperar que as medidas de apoio às empresas, para fazer face à subida dos preços, "passem a incluir também o transporte ferroviário".
08 de Março de 2022 às 12:50
A Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF) disse esta segunda-feira que manifestou ao Governo a preocupação com a subida dos preços da energia e dos combustíveis e alertou que a situação está a comprometer o transporte ferroviário.
"A APEF - Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias enviou uma carta aos ministros das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e da Transição Energética, manifestando a sua preocupação com a subida dos custos energéticos e combustíveis, alertando que a situação está a colocar em causa a competitividade da ferrovia e do transporte ferroviário de mercadorias em Portugal", lê-se num comunicado enviado às redações.
Na carta enviada ao Governo, a APEF, que integra a Medway, Takargo e Captrain España S.A.U. (ex-Comsa Rail), disse esperar que as medidas de apoio às empresas, para fazer face à subida dos preços, "passem a incluir também o transporte ferroviário".
"No último ano, registámos um aumento do custo da energia elétrica superior a 300% e dos combustíveis na ordem dos 60-70%, que se torna insustentável para a competitividade do setor", sublinhou a associação.
O diretor executivo da APEF, Miguel Rebelo de Sousa, lembrou que o setor do transporte ferroviário tem elevada dependência energética, que "corresponde a mais de 30% da estrutura de custos das empresas".
"Caso os anunciados apoios deixem de fora as empresas de transporte ferroviário, vai ser necessário proceder a um aumento generalizado de preços para compensar este crescimento dos custos energéticos, o que colocará em causa a competitividade das empresas ferroviárias", acrescentou o responsável, apontando para a "discriminação" causada pelo facto de existirem apoios às empresas de transporte rodoviário.
Para a APEF, as medidas de apoio podem passar por uma "subvenção direta às empresas", um "apoio indireto ao nível da utilização da infraestrutura ferroviária nacional", como a "redução ou isenção da Taxa de Uso da Infraestrutura (TUI), que cada operador suporta sempre que utiliza a infraestrutura da rede ferroviária".
"No atual contexto, corremos o risco de estar a investir na infraestrutura e de ficarmos sem empresas de transporte ferroviário em atividade", rematou a associação, referindo-se ao programa de investimentos Ferrovia 2020, que visa aumentar a competitividade do transporte ferroviário, melhorando as condições da infraestrutura.
"A APEF - Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias enviou uma carta aos ministros das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e da Transição Energética, manifestando a sua preocupação com a subida dos custos energéticos e combustíveis, alertando que a situação está a colocar em causa a competitividade da ferrovia e do transporte ferroviário de mercadorias em Portugal", lê-se num comunicado enviado às redações.
"No último ano, registámos um aumento do custo da energia elétrica superior a 300% e dos combustíveis na ordem dos 60-70%, que se torna insustentável para a competitividade do setor", sublinhou a associação.
O diretor executivo da APEF, Miguel Rebelo de Sousa, lembrou que o setor do transporte ferroviário tem elevada dependência energética, que "corresponde a mais de 30% da estrutura de custos das empresas".
"Caso os anunciados apoios deixem de fora as empresas de transporte ferroviário, vai ser necessário proceder a um aumento generalizado de preços para compensar este crescimento dos custos energéticos, o que colocará em causa a competitividade das empresas ferroviárias", acrescentou o responsável, apontando para a "discriminação" causada pelo facto de existirem apoios às empresas de transporte rodoviário.
Para a APEF, as medidas de apoio podem passar por uma "subvenção direta às empresas", um "apoio indireto ao nível da utilização da infraestrutura ferroviária nacional", como a "redução ou isenção da Taxa de Uso da Infraestrutura (TUI), que cada operador suporta sempre que utiliza a infraestrutura da rede ferroviária".
"No atual contexto, corremos o risco de estar a investir na infraestrutura e de ficarmos sem empresas de transporte ferroviário em atividade", rematou a associação, referindo-se ao programa de investimentos Ferrovia 2020, que visa aumentar a competitividade do transporte ferroviário, melhorando as condições da infraestrutura.