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Sonangol não entra para já directamente no consórcio
A Sonangol não vai, para já, entrar directamente no consórcio candidato à compra de pelo menos 33,34% da Galp Energia. Segundo explicou o porta-voz do consórcio, Ângelo Correia, há conversas no sentido da petrolífera angolana vir a participar numa fase ma
Segundo Ângelo Correia, porta-voz o consórcio, este agrupamento, não obstante ser liderado pela Carlyle, permitirá consolidar na Galp uma forte posição nacional de 70%, caso a Luso-oil compre 47,5% do capital (incluindo as posições da Eni e da EDP) e de 79% caso se fique pela participação base de 33,34%. Esta percentagem naturalmente com o capital que o Estado tem, e continuará a ter na petrolífera.
O gestor sublinhou ainda as garantias que a candidatura oferece em matéria de protecção contra investidores ou parceiros indesejáveis. Há opções de compra dos accionistas nacionais, no caso da Carlyle querer vender, e vice-versa, num acordo com validade de quatro anos, e a garantia que o Estado terá um papel determinante na selecção ou exclusão de eventuais futuros parceiros.
O financiamento é garantido por um sindicato bancário coordenado pelo BES e pelo Barclays, onde participam ainda o Citigroup e o Royal Bank of Scotland e a Caixa Geral de Depósitos. Em relação ao envolvimento do banco público, Ricardo Salgado, líder do BES, sublinhou que a Caixa mostrou interesse em participar na operação, mas o seu envolvimento só se concretizará se o consórcio ganhar a Galp.
Na conferência de imprensa de apresentação da Luso-oil, hoje realizada, estavam na mesa representados os líderes dos grupos constituintes do consórcio, Ricardo Salgado, Américo Amorim, Aníbal Oliveira, Ilídio Pinho, Rui Machete (FLAD) e Pedro de Esteban (director-geral da Carlyle para a Europa), entre outros.