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SonaeCom reduz prejuízos para 74,5 milhões em 2002 (act)

A SonaeCom reduziu os prejuízos de 2002 em 2% para 74,5 milhões de euros, conseguindo aumentar o EBITDA em 170% para 94,49 milhões de euros e reduzir o endividamento em 26%. O ano passado a empresa cortou 7% da força de trabalho.

25 de Fevereiro de 2003 às 20:40
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A SonaeCom reduziu os prejuízos de 2002 em 2% para 74,5 milhões de euros, conseguindo aumentar o EBITDA em 170% para 94,49 milhões de euros e reduzir o endividamento em 26%. O ano passado a empresa cortou 7% da força de trabalho.

Os prejuízos da SonaeCom [SNC] desceram em 2002 para 74,5 milhões de euros, em linha com as estimativas dos analistas do BPI, que aguardavam um resultado líquido negativo de 75 milhões de euros. No quarto trimestre os prejuízos desceram de 26 para 17 milhões de euros

O volume de negócios consolidado da empresa liderada por Paulo Azevedo aumentou 8% para 793 milhões de euros, embora no quarto trimestre tenha registado uma queda de 3% face ao período homólogo.

O EBITDA da companhia aumentou 170% para 94,49 milhões de euros, e o EBITDA ajustado, que elimina os custos com angariação de clientes, disparou 461% para 123 milhões de euros.

A margem do EBITDA ajustado melhorou 12 pontos percentuais para 15% e o «free cash flow» ficou negativo em 56 milhões de euros, contra 268 milhões de euros negativos no período homólogo. O FCF da SonaeCom no quarto trimestre foi já positivo, em 27,35 milhões de euros, pela primeira vez na história da companhia.

«Fruto da melhoria dos níveis de free cash flow gerados e dos aumentos de capital na Optimus e na SonaeCom realizados em 2002, reduzimos o nosso Endividamento Consolidado Líquido em 26% para 378 milhões de euros o que corresponde a um rácio de dívida para capitais próprios (debt to equity) de 39:61», refere Paulo Azevedo num comunicado.

SonaeCom reduz força de trabalho; baixa investimentos e aumenta provisões

A explicar o redução dos prejuízos em 2002 a empresa explica que efectuou um plano de redução de custos em todo o grupo e o número de colaboradores foi reduzido em 7% durante 2002.

A penalizar as contas esteve o aumento das provisões «para fazer face a riscos associados a cobranças duvidosas, depreciação de existências e outros riscos e encargos».

O reforço foi de 26 milhões de euros e consistiu, entre outros factores, para indemnizações resultantes de processos de reestruturação. Alem desta operação foi efectuada uma nova provisão de 11 milhões de euros para cobrir o investimento feito, até à data, na Altitude Software e outra de 4 milhões de euros para cobrir investimentos da SonaeCom na área da Internet.

O investimento consolidado ascendeu a 125 milhões de euros em 2002, abaixo dos 197,2 milhões de euros registados em 2001, sendo a grande parte deste montante realizado na Optimus (72%) e na Novis (22%).

Optimus angaria 204 mil novos clientes; ARPU cai

A Optimus, operadora móvel do grupo, terminou 2002 com 2,12 milhões de clientes, resultado da adição de 505 mil novos utilizadores o ano passado, 57 mil dos quais no quarto trimestre.

O ano de 2002 foi o pior em termos de novos clientes desde 1999, reflexo da saturação do mercado móvel. O número de novos clientes no quarto trimestre foi o segundo melhor de 2002.

A receita média mensal por cliente (ARPU) da Optimus caiu de 28,4 para 24,1 euros em 2002, tendo baixado para 22,8 euros no último trimestre de 2002.

Por sua vez o CCPU, que mede os custos mensais por utilizador também baixaram para 19,5 euros em 2002, face aos 26,3 euros de 2001, tendo caído para 18 euros no quarto trimestre.

Assim a Optimus apurou prejuízos de 17,29 milhões de euros em 2002, menos que os 24,43 milhões de euros reportados no ano anterior.

No quarto trimestre os prejuízos foram de 1,67 milhões de euros, o valor mais baixo de sempre registado pela companhia.

O volume de negócios da Optimus baixou 1% para 612 milhões de euros e o EBITDA cresceu 9,3% para 117,5 milhões de euros.

Na Novis os prejuízos decresceram de 91,75 para 77,64 milhões de euros, o que soma mais que o registado pela própria SonaeCom.

A empresa do Grupo Sonae controla 56,7% da Novis, 45% da Optimus e 56,7% do Clix. O operador de Internet do Grupo registou uma melhoria nos prejuízos para 4,36 milhões de euros.

O jornal «Público» apurou prejuízos de 1,26 milhões de euros.

As acções da SonaeCom encerraram nos 1,64 euros a cair 2,38%.

Por Nuno Carregueiro

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