A responsável pela regulação da Sonaecom, Filipa Carvalho, afirmou hoje que os compromissos assumidos entre a empresa a Autoridade da Concorrência (AdC) a propósito da OPA sobre a Portugal Telecom, implicam a cedência de várias condições que facilitam a entrada do novo operador, condições essas que a Optimus "sempre pediu", sem que lhe tenham sido concedidas.

Filipa Carvalho, presente no 16º Congresso das Comunicações, assegurou que no caso da Optimus se fundir com a TMN existem condições para surgir um novo operador móvel, lembrando que os compromissos negociados com a AdC a este nível passam pela venda de antenas, disponibilização de portadoras e a possibilidade de co-instalação de antenas.

Além disso, os mecanismos de "price-caps" e a atenuação dos efeitos de rede são outros dos compromissos que a responsável pela regulação da empresa nortenha apontou como concessões ao novo operador que não foram dadas à Optimus.

Na mesma apresentação, Filipa Carvalho ainda criticou o desequilíbrio "associado à terminação móvel-móvel, que condiciona o crescimento de um operador mais pequeno", referindo que o período de moratória concedido à Optimus neste aspecto "não foi suficiente".