A Sonae Sierra vai investir, em parceria com a ING Real Estate, 31 milhões de euros na remodelação do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, numa intervenção que decorrerá até Novembro do próximo ano e que visa rejuvenescer o empreendimento, que agora comemora 10 anos de existência.

Os investimentos, hoje anunciados em conferência de imprensa, serão aplicados a três níveis: praça de alimentação e criação de um jardim exterior, intervenções nos elevadores e casas de banho e, por fim, no paisagismo, sinaléctica e iluminação. José Quintela, arquitecto responsável pelo desenho dos centros comerciais do grupo, assegura que "a ideia não é mudar a personalidade nem renegar aquilo que o Colombo é".

No espaço onde actualmente existe uma pista de "karts" o Colombo passará a ter um jardim. "Vai ser uma enorme mais valia para o centro comercial", aponta José Quintela.

O presidente da Sonae Sierra, Álvaro Portela, está confiante neste processo de renovação do centro, que completa 10 anos de actividade no próximo domingo. Portela lembrou que o Colombo alcançou nestes 10 anos 313 milhões de visitas e registou a passagem de 55 milhões de viaturas nestes 10 anos.

O ano passado foi o pior desde 1998 em termos de visitas, com 26 milhões (o recorde foi obtido em 1999, com 35 milhões de visitas), mas o presidente da Sonae Sierra não se mostra preocupado com isso. "Estamos muito satisfeitos. O Colombo é um sucesso e vai continuar a ser. Ter 35 milhões de visitas cria um nível de desconforto acentuado, que é mais notado pelos clientes com maior poder de compra", afirmou Álvaro Portela.

O mesmo responsável adiantou que no primeiro semestre as vendas dos mais de 400 lojistas  cresceram 7,4% face ao mesmo período do ano passado. Essa evolução permite à Sonae Sierra contar com um melhor ano de 2007, o que continuará a valorizar o centro. O Colombo vale actualmente 816,5 milhões de euros (de acordo com a última avaliação, feita em Junho deste ano), mais do dobro dos cerca de 400 milhões de euros que valia no primeiro ano de funcionamento e bastante acima dos 380 mihões de euros que custou a sua construção.

Álvaro Portela confirmou ainda aos jornalistas que correm na Justiça dois processos contra a Câmara Municipal de Lisboa (CML). Num deles a Sonae Sierra exige o pagamento de uma indemnização de 72 milhões de euros mais juros pela interrupção da construção das Torres Colombo (edifícios destinados a escritórios que a Sonae retomou este ano). No outro a empresa liderada por Álvaro Portela reclama da CML 25 milhões de euros mais juros por obras feitas para o município de Lisboa nas imediações do Colombo.