Notícia
Sonae prepara entrada na distribuição em Angola
A Sonae vai entrar no mercado angolano com a abertura de hipermercados Continente e na área industrial, noticia hoje o "Diário Económico", citando fontes do grupo liderado por Paulo Azevedo.
A Sonae vai entrar no mercado angolano com a abertura de hipermercados Continente e na área industrial, noticia hoje o "Diário Económico", citando fontes do grupo liderado por Paulo Azevedo.
Na mesma notícia, a fonte oficial do grupo afirma que "o objectivo da Sonae é a internacionalização. Por isso, estamos atentos às oportunidades que possam surgir noutros mercados, incluindo o angolano, mas não existe qualquer acordo firmado ou prestes a ser firmado de investimento neste mercado". O Económico fala da parceria com Isabel dos Santos para a entrada da Sonae em Angola.
Mas o jornal afirma que a decisão de entrar em Angola estará para breve, podendo mesmo ser feita através da privatização da rede de supermercados do Estado, a Nosso Super.
Também na área da indústria, a Sonae Indústria - que está fora do grupo Sonae - poderá avançar em Angola. "É um mercado que estamos a estudar. Ainda recentemente tivemos lá uma equipa nossa a passar algum tempo, mas ainda não tive acesso ao relatório final para emitir uma decisão", disse ao mesmo jornal Carlos Bianchi de Aguiar, presidente da Sonae Indústria.
A acontecer, esta entrada em Angola será uma mudança na estratégia da Sonae. Belmiro de Azevedo, enquanto presidente da Sonae, nunca se mostrou interessado nesse mercado e já com a liderança do grupo, o seu filho Paulo Azevedo afirmou por várias vezes não ver muitas oportunidades de investimento em Angola nas telecomunicações, centros comerciais e distribuição. Chegou a falar na eventualidade de ir para Angola para a área de serviços a empresas.
Mas nos últimos tempos, Belmiro de Azevedo passou a falar de Angola como uma possibilidade concreta de internacionalização para a empresa e ainda esta semana afirmou que Angola permitirá combater o desemprego português.
Hoje, na análise diária, o BPI considera estas possibilidades positivas, tanto para a Sonae como para a Sonae Indústria. Na nota do BPI, o área de research do banco considera que Angola poderá ser uma importante fonte de crescimento para a Sonae, já que é um dos países com maiores taxas de crescimento em África, não há praticamente concorrência no sector do retalho em Angola, podendo a Sonae estar bem colocada para adquirir o maior operador - Nosso Super. Pode também ser uma porta de entrada para a Sonae Sierra e os seus centros comerciais.
Quanto à Sonae Indústria, Angola poderá ser positivo devido aos seus imensos recursos naturais, incluindo madeira, além de que o mercado de aglomerados tem boas perspectivas de crescimento, devido às condições macro-económicas, mas também ao aumento nos investimentos de infra-estruturas e habitação. Por outro lado, realça ainda o BPI, o nível concorrencial é baixo e os esforços de investimento (capex) devem ser limitados nesta fase devido às parcerias locais, à possível realocação de linhas da Alemanha e às sinergias com a África do Sul.
A Sonae apresenta hoje os resultados de Janeiro a Setembro. Uma "poll" da Reuters aponta para um crescimento do lucro da Sonae de 40%, para 42 milhões de euros, devido à mais-valia de 27 milhões de euros decorrente da operação na MDS, corretora de seguros do grupo.
Segundo a média de estimativas de seis analistas consultados pela Reuters, as receitas do grupo terão subido 3% para 1.438 milhões de euros a beneficiar do desempenho do negócio de retalho, sobretudo o alimentar. Já o negócio do retalho especializado e as telecomunicações deverão levar a que o EBITDA recue 5,3% para 160 milhões de euros. Também aqui o valor dos centros comerciais continuará a impactar negativamente as contas do grupo.
Na bolsa de Lisboa, a Sonae segue em alta de 0,32%, valendo 0,942 euros. E a Sonae Indústria valoriza 0,20% para os 2,525 euros.
Na mesma notícia, a fonte oficial do grupo afirma que "o objectivo da Sonae é a internacionalização. Por isso, estamos atentos às oportunidades que possam surgir noutros mercados, incluindo o angolano, mas não existe qualquer acordo firmado ou prestes a ser firmado de investimento neste mercado". O Económico fala da parceria com Isabel dos Santos para a entrada da Sonae em Angola.
Também na área da indústria, a Sonae Indústria - que está fora do grupo Sonae - poderá avançar em Angola. "É um mercado que estamos a estudar. Ainda recentemente tivemos lá uma equipa nossa a passar algum tempo, mas ainda não tive acesso ao relatório final para emitir uma decisão", disse ao mesmo jornal Carlos Bianchi de Aguiar, presidente da Sonae Indústria.
A acontecer, esta entrada em Angola será uma mudança na estratégia da Sonae. Belmiro de Azevedo, enquanto presidente da Sonae, nunca se mostrou interessado nesse mercado e já com a liderança do grupo, o seu filho Paulo Azevedo afirmou por várias vezes não ver muitas oportunidades de investimento em Angola nas telecomunicações, centros comerciais e distribuição. Chegou a falar na eventualidade de ir para Angola para a área de serviços a empresas.
Mas nos últimos tempos, Belmiro de Azevedo passou a falar de Angola como uma possibilidade concreta de internacionalização para a empresa e ainda esta semana afirmou que Angola permitirá combater o desemprego português.
Hoje, na análise diária, o BPI considera estas possibilidades positivas, tanto para a Sonae como para a Sonae Indústria. Na nota do BPI, o área de research do banco considera que Angola poderá ser uma importante fonte de crescimento para a Sonae, já que é um dos países com maiores taxas de crescimento em África, não há praticamente concorrência no sector do retalho em Angola, podendo a Sonae estar bem colocada para adquirir o maior operador - Nosso Super. Pode também ser uma porta de entrada para a Sonae Sierra e os seus centros comerciais.
Quanto à Sonae Indústria, Angola poderá ser positivo devido aos seus imensos recursos naturais, incluindo madeira, além de que o mercado de aglomerados tem boas perspectivas de crescimento, devido às condições macro-económicas, mas também ao aumento nos investimentos de infra-estruturas e habitação. Por outro lado, realça ainda o BPI, o nível concorrencial é baixo e os esforços de investimento (capex) devem ser limitados nesta fase devido às parcerias locais, à possível realocação de linhas da Alemanha e às sinergias com a África do Sul.
A Sonae apresenta hoje os resultados de Janeiro a Setembro. Uma "poll" da Reuters aponta para um crescimento do lucro da Sonae de 40%, para 42 milhões de euros, devido à mais-valia de 27 milhões de euros decorrente da operação na MDS, corretora de seguros do grupo.
Segundo a média de estimativas de seis analistas consultados pela Reuters, as receitas do grupo terão subido 3% para 1.438 milhões de euros a beneficiar do desempenho do negócio de retalho, sobretudo o alimentar. Já o negócio do retalho especializado e as telecomunicações deverão levar a que o EBITDA recue 5,3% para 160 milhões de euros. Também aqui o valor dos centros comerciais continuará a impactar negativamente as contas do grupo.
Na bolsa de Lisboa, a Sonae segue em alta de 0,32%, valendo 0,942 euros. E a Sonae Indústria valoriza 0,20% para os 2,525 euros.