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Sonae deslocalizou produção da "yämmi" da China para a Maia

A Sonae MC abandonou a produção do robô de cozinha "yämmi", concorrente da Bimby, na China e trouxe-a para Portugal, num investimento de quatro milhões de euros.

O Haitong avalia as acções da Sonae em 1,08 euros, o que implica um potencial de valorização de 25%. A recomendação é de comprar.

Olhando para os múltiplos (PER de 10,8 e EV/EBITDA de 4,8) as acções da Sonae estão “baratas”, refere o Haitong. 

O banco de investimento assinala que a nova oferta comercial da Sonae MC (retalho alimentar através do Continente), implementada ao longo dos dois últimos anos nos seus 41 hipermercados, “parece estar a resultar”. A variação das vendas comparáveis passou de um valor negativo de 0,4% no segundo trimestre para um crescimento de 4,1% nos três meses seguintes e o Haitong espera que esta tendência positiva se mantenha. No que diz respeito às margens, o banco espera que a evolução negativa diminua já no quarto trimestre e não aguarda uma nova deterioração no ambiente concorrencial.

O Haitong considera que o foco dos investidores deve mudar para o retalho não alimentar (Sonae SR), onde a empresa conseguiu surpreender no terceiro trimestre em termos de crescimento nas vendas e margens. “Acreditamos que a Sonae deveria considerar seriamente alternativas de fusões e aquisições na SR, de modo a reduzir os prejuízos num ano que poderá ser de ‘pegar ou largar’ para estas operações”, refere o research.
Paulo Duarte
09 de Setembro de 2016 às 13:23
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A Sonae passou a produzir o robô de cozinha "yämmi" na Maia, num investimento de 4 milhões de euros que criou 41 postos de trabalho, segundo adiantou a directora comercial da empresa, Helena Martins, durante o lançamento do projecto.

 

A sociedade liderada por Paulo Azevedo acredita que a unidade da PR - Metal está capacitada do ponto de vista da inovação e design para melhorar a produção do robô que Helena Martins quer que seja líder de mercado.

 

Até ao final do ano deverão estar nas mãos dos consumidores 14 mil unidades.

 

Ao contrário do primeiro modelo, a Sonae espera que 65% das vendas sejam para o exterior de Portugal, através da rede de vendas da Soane lá fora. 

O projecto, que envolve 44 fornecedores nacionais, resultou na criação de 41 empregos na fábrica, que até agora estava focada no sector automóvel. Rui Pinho, director da unidade, referiu que a fábrica foi construída em um ano e que tem capacidade para 50 mil máquinas por ano, que começou a produzir há dois meses. 

A facturação de um ano completo com o projecto é de 10 milhões, mas com a exportação a Sonae vai duplicar o volume para 20 milhões, o que implicará também ter o dobro dos funcionários. 

O presidente da Câmara da Maia salientou, em declarações ao Negócios, a importância deste investimento para o concelho, que "representa 4% do PIB nacional". Bragança Fernandes referiu que a PR é um dos investidores mais dinâmicos na zona, com 160 empregos criados. E adiantou que há muitos projectos a caminho do concelho, tirando partido das acessibilidades e infra-estruturas que existem na Maia.  

(Notícia actualizada às 16.51 com declarações da Câmara da Maia)

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