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Sonae Capital passa de lucros a prejuízos de 4,5 milhões no semestre

A empresa do universo Sonae confirmou as previsões dos analistas ao fechar o primeiro semestre deste ano com prejuízos de 4,5 milhões de euros, contra lucros de 9,1 milhões há um ano. A facturação recuou três milhões para 77,4 milhões de euros.

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae Capital Bruno Simão
28 de Julho de 2017 às 19:08
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A Sonae Capital, que anda às compras, não surpreendeu o mercado ao encerrar o primeiro semestre deste ano com prejuízos de 4,48 milhões de euros, depois dos lucros de 9,14 milhões obtidos no mesmo período do ano passado, um resultado que tinha então beneficiado de uma mais-valia de 14,4 milhões associada à venda da Norscut. 

Os prejuízos registados na primeira metade do ano poderão ser parcialmente compensados no segundo semestre de 2017 se a empresa concretizar a venda de uma série de activos imobiliários.

 

"Ainda se encontram em carteira contratos de promessa de compra e venda sobre um lote diverso de activos imobiliários, no montante global de 145 milhões de euros, indiciando, mais uma vez, um desempenho positivo para os próximos trimestres", destaca a Sonae Capital, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta sexta-feira, 28 de Julho.

Em termos de activos imobiliários, o mesmo comunicado destaca, por outro lado, a venda, entretanto realizada, do Health Club de Vasco da Gama por 4,7 milhões de euros.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) no semestre ascendeu a 5,69 milhões de euros, o que traduz um aumento de 3,6% face aos primeiros seis meses do ano passado.

 

Já o volume de negócios consolidado da empresa atingiu os 75,54 milhões de euros, o que reflecte um decréscimo de 4,7% face ao período entre Janeiro e Junho de 2016.

Relevante foi o Investimento bruto realizado pela Sonae Capital no primeiro semestre desta ano  - 39,7 milhões de euros, mais 36,7 milhões do que há um ano, sobretudo devido aos investimentos no segmento de Energia, concretamente com operações renováveis, a que acresce uma outra de cogeração alimentada a biogás de aterro.

 

Fruto sobretudo dos investimentos realizados neste período, a dívida líquida da Sonae Capital registou um aumento homólogo de 58%, para 104,3 milhões de euros.

"Os níveis de dívida líquida mantêm uma estrutura de capitais conservadora, adequada à tipologia de activos do grupo", considera Cláudia Azevedo, CEO da Sonae Capital, na mensagem que abre o comunicado enviado à CMVM.

 

A gestora, filha do empresário Belmiro de Azevedo, ressalva que "a distribuição de dividendos ocorrida no trimestre e as recentes aquisições no domínio da energia, não colocam em causa este objectivo e irão permitir um crescimento significativo e uma maior estabilidade dos principais indicadores financeiros do grupo".

 

No mesmo documento, Cláudia Azevedo destaca ainda que, embora ainda não visível nos indicadores financeiros do grupo, "a aquisição da Adira [no mês passado, mas cuja concretização está ainda sujeita a alguns procedimentos legais] materializa o nosso propósito estratégico de incorporação de novos negócios geradores de valor". 



(Notícia actualizada às 19:39)

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