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Snoop Dogg ajuda portuguesa AceCann a produzir canábis em investimento de 13 milhões
A empresa portuguesa de canábis medicinal AceCann angariou 13 milhões de euros numa ronda liderada pela Casa Verde Capital, co-fundada pelo rapper Snoop Dogg. O montante permitirá desenvolver um centro de produção em Vendas Novas.
A portuguesa AceCann arrecadou 15 milhões de dólares (cerca de 13 milhões de euros) numa ronda de investimento liderada pela Casa Verde Capital, uma empresa de capital de risco co-fundada pelo rapper norte-americano Snoop Dogg. Além deste fundo, a ronda seed contou ainda com a presença da portuguesa Lince Capital e dos co-fundadores da Advanced Grow Labs, Chris Mayle e Marc Gare; Frank Cid, CEO da Royal Life Centers e do investidor "angel" Sebastian de la Rosa da Whistler Medical Marijuana.
A empresa de cultivo, processamento, extração e investigação na área da canábis medicinal indica que este investimento será utilizado no desenvolvimento de um centro de produção em Vendas Novas. Será a partir destas instalações que a empresa pretende "cultivar, processar e extrair produtos médicos a partir de canábis." De acordo com a empresa, a construção deste centro arrancou em setembro.
"Queremos criar o "gold standard" na canábis medicinal - desde o cultivo a comercialização, sendo donos da propriedade intelectual em todos os passos da cadeia de valor", afirma Pedro Gomes, o CEO da AceCann, citado em comunicado. "Com o apoio dos nossos investidores, vamos conseguir acelerar a missão para desenvolver produtos consistentes e de elevada qualidade que dão acesso aos pacientes a inovação com capacidade para transformar a vida".
A AceCann está virada para a produção de canábis em "métodos de cultivo mais pequenos, escaláveis e "indoor"", conforme explica em comunicado. Com as novas instalações a empresa explica que conseguirá "gerir de forma precisa a temperatura, humidade e outras variáveis" para garantir que cada planta consegue ter os cuidados necessários.
Yonatan Meyer, partner da Casa Verde, explica que o investimento na empresa portuguesa é feito num momento em que "a legalização está a atravessar a Europa", antecipando "um rápido e exponencial crescimento da procura por flor de canábis e extratos de elevada qualidade". "Com uma equipa com experiência e técnicas de cultivo e extração únicas e rede alargada", Meyer defende que a AceCann "poderá tornar-se num fornecedor premium para a indústria em expansão de canábis medicinal na Europa".
A empresa portuguesa, fundada em 2019, recebeu a pré-licença para cultivo, importação e exportação, atribuída pelo regulador Infarmed, em junho do ano passado. É esperado que o mercado europeu de canábis possa valer 3,4 mil milhões de dólares (2,94 mil milhões de euros) até 2024.