Criar valor para os accionistas e os clientes do BPI é o objectivo da oferta de aquisição lançada pelo BCP. De acordo com o presidente do Millennium BCP, em conferência de Imprensa no Porto, «a racionalidade desta operação permite obter ganhos de sinergias imediatos de 232 milhões de euros antes de impostos e com complementaridades noutras áreas será gerador de valor logo no primeiro ano».

Nas primeiras declarações fez questão de dizer que "em nenhumas circunstâncias nosso movimento pode ser considerado hostil": "Se fosse possível haver uma proposta de fusão por inclusão tê-lo-íamos feito", disse, reconhecendo depois  que se tratou de uma iniciativa não concertada com a gestão ou os accionistas do  BPI, sendo portanto uma oferta "não solicitada".

"Portugal precisa de uma instituição financeira moderna mas também com dimensão suficiente para conseguir aportar um projecto de internacionalização que dignifique o país", sublinhou

 A oferta do BCP sobre 760 milhões de acções do BPI ao preço unitário de 5,70 euros, que atira a operação para o valor global de 4,3 mil milhões de euros: contempla dois cenários: aquisição de 90% do capital no caso de se manterem "limitações legais ou estatutárias à contagem de votos" ou 50,01%  no caso de a blindagem ter sido entretanto afastada.

Nas condicionantes que referiu no decurso da conferência de Imprensa Paulo Teixeira Pinto acrescentou à desblindagem a não distribuição de um dividendo superior a 12 cêntimos.