A SIC festeja hoje 12 anos de vida. Quase cinco mil dias, mais de 100 mil horas ou seis milhões de minutos de emissões fazem a história da estação que levou mais de três anos para ultrapassar a hegemónica RTP, tornando-se ela própria hegemónica durante quase seis anos, findos os quais a TVI, que ultrapassa entretanto a RTP, se aproxima de si, batendo-se taco-a-taco pela liderança do mercado das audiências.

Assente desde a sua fundação por Francisco Pinto Balsemão nos valores «Credibilidade, Qualidade, Inovação, Modernidade, Diversidade, Dinamismo e Proximidade», a estação de

Carnaxide enfrenta no seu 12º ano de vida a sua concorrente mais directa TVI fortalecida

pela emissão dos desafios semanais de futebol da Superliga e, mais recentemente, pelo novo «reality show» «Quinta das Celebridades», que registou domingo recordes

de audiências na estreia (16,2% de «rating» e 53,3% de «share»).

Uma crise do mercado publicitário, por consequência, dos «media», sobretudo das televisões, passou e a história da TVI desafiar a líder SIC com um programa que encerra em si o mesmo apelo «voyeurista» do primeiro «Big Brother» em 2000, parece repetir-se, mas com uma diferença: a líder está uns escassos pontos de audiência acima da desafiadora, já que a batalha da rentabilidade, de acordo com Paes do Amaral e os investimentos de tabela divulgados pela Marktest, essa já está ganha.

Em entrevista recente à revista "Correio TV", Pinto Balsemão admite que «pode acontecer haver uma aumento de audiências, mas se calhar não vai ser assim tanto como se julga».

Acreditar que as audiências poderão, de facto subir e iniciar-se um novo ciclo vitórias para a TVI, poderá, desta vez, fazer com que os responsáveis da programação da SIC consigam travar esta tendência. Como? Manuel da Fonseca deverá continuar a fazer o que sempre defendeu, o que o seu director comercial, Fernando Cruz, defende e o mesmo que Francisco Pinto Balsemão reiterou na revista "Correio TV" que é a aposta na diversidade para atingir a rentabilidade.

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