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Setúbal, Braga, Aveiro e Faro lideram nascimento de empresas até agosto
A criação de negócios triplicou o número de encerramentos nos primeiros oito meses do ano. Dominante em Lisboa, Porto e Faro, o maior impulso empreendedor veio de plataformas de transporte como a Uber, mais do que compensando as perdas no imobiliário.
Nos primeiros oito meses deste ano foram criadas 33.968 novas empresas no país, mais 10% do que em igual período do ano passado. Os dados são da Informa D&B, que sublinha que o ano anterior já tinha batido o recorde de constituição de empresas no país.
Por outro lado, as novas insolvências registadas baixaram 10% e, até agosto, fecharam efetivamente as portas 9.571 empresas, uma descida de 8,8% em relação ao período homólogo, transversal a quase todos os distritos e que "poupou" a indústria, o comércio por grosso, a construção e o retalho.
Os distritos de Setúbal, Braga, Aveiro e Faro totalizaram 8.637 novas empresas até agosto, valendo um terço do total do aumento registado no país. Um "dinamismo empreendedor" insuficiente, no entanto, para retirar a liderança no nascimento de empresas a Lisboa e ao Porto.
Quase 80% das 33.968 novas empresas são dos setores dos transportes e da construção, com este último a crescer quase 30%, com 3.808 novas operações. Analisando mais ao pormenor, a consultora nota que o maior impulso vem do "transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros", com as plataformas do género da Uber a proliferarem em Lisboa, Porto e Faro.
Em sentido contrário, a maior queda vem das atividades imobiliárias, "um dos setores que protagonizou uma grande vaga de empreendedorismo nos anos mais recentes". O recuo homólogo envolveu, em termos nominais, 179 empresas nos primeiros oito meses do ano, com a capital portuguesa a "contribuir na totalidade para esta queda".