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SEFIN contra corrida aos depósitos

O que têm em comum uma antiga estrela do futebol, um realizador de cinema francês e uma argumentista belga? Os três querem que os clientes retirem hoje, e por um dia, todo o seu dinheiro do banco. A associação portuguesa de clientes de serviços financeiros Sefin considera a ideia irresponsável, ainda que entenda os motivos.

07 de Dezembro de 2010 às 08:28
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A ideia partiu de um apelo do antigo futebolista Eric Cantona e ganhou expressão através do Facebook. O francês defendeu, em Outubro, uma corrida aos depósitos. Geraldine Feuillien, argumentista; e Yann Sarfati , realizador, criaram o movimento Stopbanque, que reclama a adesão de mais de 70 mil pessoas, de vários países. Portugal é um deles, com 2.122 adesões.

"Não me parece que a iniciativa seja credível, nem que defenda os consumidores, porque põe em causa os depósitos", afirma Leonor Coutinho, vice-presidente da Sefin, sobre o protesto organizado para hoje. O que não significa que discorde dos motivos para o fazer.

"Tem sentido enquanto expressão de protesto, devido ao buraco em que a banca meteu os países. Além disso, as instituições induziram as pessoas a endividarem-se de forma irresponsável", afirma Leonor Coutinho. O incentivo à obtenção de crédito é o "pecado" que aponta às instituições portuguesas. Pela razão já apontada, considera que não faria sentido organizar um protesto idêntico em Portugal.

No limite, uma corrida às poupanças pode provocar a falência de um banco, que nunca dispõe no imediato de todo o dinheiro depositado, já que boa parte dele é canalizado para a concessão de empréstimos e investimentos.

O apelo de Cantona foi inicialmente desvalorizado. Mas as perto de 200 mil visualizações do vídeo em que "apela à revolução" estão a causar nervosismo. O CEO do BNP Paribas diz que o protesto é "irresponsável".

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