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SEC defende vistorias surpresa a gestores de activos

As autoridades reguladoras norte-americanas, que estão a tentar impor regras mais duras sobre os gestores de activos um ano depois da detenção de Bernard Madoff, vão exigir que os conselheiros em investimento que tenham controlo sobre o dinheiro e os títulos dos seus clientes sejam alvo de inspecções surpresa.

SEC defende vistorias surpresa a gestores de activos
16 de Dezembro de 2009 às 20:37
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As autoridades reguladoras norte-americanas, que estão a tentar impor regras mais duras sobre os gestores de activos um ano depois da detenção de Bernard Madoff, vão exigir que os conselheiros em investimento que tenham controlo sobre o dinheiro e os títulos dos seus clientes sejam alvo de inspecções surpresa.

Os membros da Securities and Exchange Commision (SEC, autoridade reguladora dos mercados de capitais nos EUA) votaram unanimente, hoje, a favor da exigência de vistorias a empresas que não depositem os activos dos seus clientes junto de bancos ou corretoras, avança a Bloomberg.

Essas inspecções devem ser realizadas por empresas de auditoria, uma vez por ano, comunicando à SEC quaisquer descobertas suspeitas.

“Estas normas têm origem no esquema de Ponzi de Madoff e noutras fraudes em que os activos dos investidores foram utilizados indevidamente por conselheiros em investimento”, afirmou a “chairman” da SEC, Mary Schapiro (na foto), citada pela Bloomberg. “Essas fraudes levaram os investidores a questionarem em que medida é que os seus activos estão seguros quando os confiam a um conselheiro em investimento”, acrescentou aquela responsável em Washington.

A SEC foi bastante criticada por não ter conseguido perceber que Madoff angariava dinheiro junto de novos investidores para pagar aos clientes mais antigos, operação que realizou durante quase duas décadas. Bernard L. Madoff foi detido em Dezembro de 2008, depois de alegadamente ter confessado o seu esquema piramidal.

Recorde-se que Madoff foi condenado a 150 anos de prisão. A sua burla atingiu o mundo inteiro e Portugal não foi excepção.

Grande parte dos 11.000 conselheiros em investimento regulados pela SEC não têm custódia física dos activos dos seus clientes. Em vez disso, contratam terceiras partes para manterem o dinheiro e títulos dos clientes como forma de protecção contra fraudes.

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