Notícia
"Se quisesse continuava CEO. Não quero ser CEO"
A PT volta hoje a ter dois presidentes. Um executivo (CEO) e outro não executivo (“chairman”). Henrique Granadeiro acumulou nos últimos anos as duas funções. Agora opta por ficar longe da gestão diária. Mas recusa ser figura decorativa
Henrique Granadeiro está no grupo Portugal Telecom desde 2002, quando assumiu a Lusomundo Media. O negócio de media não era desconhecido, pois já tinha trabalhado no grupo de Pinto Balsemão. A experiência nestas duas empresas prendem Granadeiro ao sector e ainda hoje não se cansa de dizer que é um dos nossos (da comunicação social). O percurso na PT nem sempre foi pacífico. Depois da Lusomundo Media, Granadeiro transita para a Fundação PT, praticamente inexistente à altura, mas acumula com a administração da “holding”. Dá o salto ao ser nomeado para a comissão executiva da PT no final de 2005, já na preparação para a presidência. Inicia e acumula funções de “chairman” e CEO já no decurso da OPA. Agora deixa a gestão do dia-a-dia. Justifica com a idade. Tem 65 anos. Mas Granadeiro tem mais planos. Vitivinicultor, não esconde o sotaque alentejano e garante: “tenho ambições políticas”. Depois explica que é no sentido de ter vocação de serviço público e de ter uma intervenção política através do exercício das funções profissionais.