O Banco Santander Central Hispano aumentou a sua posição detida na Compañia Española de Petróleos (CEPSA) para os 20%, através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), numa altura em que disputa o controlo da petrolífera com a francesa Total.

A operação de aquisição terminou na segunda-feira e permitiu ao maior banco espanhol reforçar a sua posição dos anteriores 8%. A oferta recaía sobre 16% da segunda maior petrolífera espanhola.

O Santander e a Total, que detém 45% na Cepsa, estão em disputa aberta pelo controlo da empresa perante um painel de árbitros. O Santander não pode vender nenhuma das suas acções na Cepsa, mesmo as adquiridas na OPA, segundo a decisão de um dos árbitros. O banco apelidou a decisão como sendo «um golpe severo» nas suas aspirações.

«A maré virou-se contra o Santander», afirmou à Bloomberg Ivan Martin, um gestor de fundos na espanhola Gestatlantico. «O mercado decidiu que a estratégia do Santander não está a correr bem», acrescentou.

O processo de arbitragem irá durar entre um e dois anos, deixando o investimento realizado pelo Santander intocável durante esse período. Mas os analistas afirmam que a decisão do árbitro em congelar a posição do Santander não significa que o banco perca a disputa.

«A batalha está longe de estar acabada», disse outro analista à Bloomberg.

As acções do Santander Central Hispano em Lisboa seguiam nos 8,57 euros, descer 0,46%. Em Madrid, caíam 0,35% para os 8,60 euros.