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Salários dos gestores são 52 vezes superiores aos dos funcionários

As contas são do Jornal de Notícias e dão conta de que há seis presidentes executivos de empresas do PSI-20 que no ano passado obtiveram remunerações superiores a um milhão de euros. Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, é a mais desigual.

Vítor Mota/Cofina
09 de Abril de 2019 às 10:00
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Os presidentes executivos das cotadas do PSI-20 ganharam em média um milhão de euros, seis ficaram mesmo acima desse patamar e, contas feitas, no geral ficaram 52 vezes acima dos salários dos trabalhadores.

 

Segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, que se baseou nos relatórios anuais das empresas, estes valores são brutos e incluem, além dos salários propriamente ditos, os prémios de desempenho e contribuições para planos de pensões.

 

Entre as empresas mais desiguais está a Jerónimo Martins, onde Pedro Soares dos Santos recebeu mais de 1,9 milhões de euros e ganha mais 140 vezes do que os seus trabalhadores. Na Sonae, Paulo Azevedo ganhou 652 mil euros, 37 vezes mais do que o custo por trabalhador.

 

Verificou-se, ainda assim, uma descida da remuneração média face a 2017, refere o jornal. Os números estão, contudo, muito acima da média de 700 mil euros registada em 2014, ainda ano de crise financeira, quando a diferença média em relação às remunerações dos trabalhadores era de 33 vezes.

 

Aliás, desde 2014 que os custos com funcionários não têm aumentos significativos, refere ainda o Jornal de Notícias, salientando, contudo, que estes valores são influenciados por salários no estrangeiro, em empresas detidas pelas sociedades portuguesas.

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