A abertura do plano insere-se no âmbito do plano de reestruturação da empresa, que prevê a redução de 300 efectivos até ao final de 2013. As condições oferecidas pela empresa para a rescisão são de 1,35 de salários por cada ano de casa, estabelecendo como tecto 150 mil euros. No processo, a empresa só aprovará as candidaturas de trabalhadores que não tenham de ser substituídos.

Tal como nos planos anteriores de rescisões da RTP, este processo contempla a rescisão contratual com a empresa e a entrada na pré-reforma. A mesma fonte garantiu ao Negócios que, para já, a empresa não tem como objectivo atingir o número de 300 saídas. Até à data, desde 2009, a RTP abriu três planos de rescisões amigáveis, que redundaram em mais de 200 saídas.

Na apresentação do plano, o presidente da RTP, Guilherme Costa, avançou que a empresa quer reduzir as despesas para 180 milhões de euros até 2013, face aos 260 milhões de euros actuais.

Entre outros dados, Guilherme Costa afirmou que a empresa tem uma provisão de 30 milhões de euros para a rescisão de contratos e de serviços.

Nas últimas semanas, os sindicatos que representam os trabalhadores RTP contestaram o plano de reestruturação da empresa, por a administração não ter consultado os trabalhadores em todas as frases do processo. Daí que tenham considerado o plano de “ilegal”. O Sindicato dos Jornalistas refere-se ao plano de rescisões como um processo encapotado de despedimentos.