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Roménia selecciona BCP e Erste Bank para negociar venda do BCR (act)

A agência governamental responsável pela privatização da Banca Comerciala Romana seleccionou hoje duas das sete propostas recebidas para a venda de 61,9% do capital do maior banco romeno. Uma delas foi a do Banco Comercial Português, que terá assim aprese

26 de Outubro de 2005 às 21:07
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(acrescenta com comunicado do BCP)

A agência governamental responsável pela privatização da Banca Comerciala Romana seleccionou hoje duas das sete propostas recebidas para a venda de 61,9% do capital do maior banco romeno. Uma delas foi a do Banco Comercial Português, que terá assim apresentado um dos valores mais elevados.

A agência governamental «Authority for Assets Recovery» (AVAS) escolheu o BCP [bcp] e o Erste Bank, maior banco da Áustria, para integrar a «short list» de instituições financeiras com quem vai agora negociar directamente a venda da posição de controlo do BCR, que os analistas avaliam em cerca de 2 mil milhões de euros. O BCP emitiu um comunicado onde confirma ter recebido a informação de que foi um dos dois bancos seleccionados.

O Governo romeno adiantou que escolheu as duas propostas mais elevadas, mas não as quantificou. Segundo o BCP, de acordo com as Regras da Oferta o apuramento das entidades seleccionadas é efectuado de acordo com os critérios de classificação de ponderação de 90% para proposta financeira e de 10% para proposta técnica. Devido aos deveres de confidencialidade, o BCP explica que não divulga os termos da propostas financeira e técnica.

Fora da corrida à privatização do maior banco do país da Europa de Leste ficaram o Deutsche Bank, National Bank of Greece, Banca Intesa, Dexia e BNP Paribas, sendo que alguns destes bancos eram apontados como favoritos.

O objectivo do Governo romeno é maximizar o encaixe com esta operação, pelo que terá aceite as duas propostas com o valor financeiro mais elevado. Depois de ter seleccionado estes dois bancos, o Executivo vai agora negociar directamente com as instituições financeiras em causa, que serão convidadas a apresentar nova proposta.

«Após a realização das negociações subsequentes, que agora se iniciarão com as entidades seleccionadas, a Comissão de Privatização decidirá oportunamente, em data ainda não conhecida, a entidade vencedora», explica o comunicado do BCP.

Paulo Teixeira Pinto, presidente do BCP, a 14 de Outubro que o banco português não pagará qualquer preço pelo BCR, descartando inclusive a possibilidade de participar num eventual leilão. O responsável adiantou que não acrescentaria um cêntimo à proposta que foi apresentada a 17 de Outubro.

O BCR, um banco com activos no valor de 7,3 mil milhões de euros, é uma das últimas oportunidades para os bancos estrangeiros entrarem ou expandirem-se neste país da Europa de Leste. O governo romeno detém actualmente 36,9% da BCR e mais 25% juntamente com a International Finance e o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento.

BCP reforçará fundos próprios caso vença BCR

No mesmo comunicado, o BCP assegura que vai manter «adequados níveis de Capital», sendo que «tomará as necessárias medidas incluindo, nomeadamente, o reforço de fundos próprios de base que se mostre necessário para concretizar esta operação», caso venha a ser o escolhido para comprar o BCR.

Contudo, «as respectivas condições e montante apenas se poderão definir em função do resultado final da processo de privatização», adianta.

O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto destaca «o valor estratégico que esta potencial operação comporta para a sua estratégia de desenvolvimento como um Banco multi-doméstico, a operar não apenas em Portugal mas também em mercados seleccionados, enfocando em países europeus emergentes e/ou em convergência para os padrões da União Europeia».

«É nossa convicção que aplicando nesses mercado a capacidade e experiência que o Banco acumulou ao longo do seu percurso, com resultados claramente visíveis em Portugal, na Polónia e na Grécia, contribuiremos de forma consistente para a criação de valor para os nossos Accionistas», acrescenta.

As acções do BCP fecharam nos 2,21 euros, a descer 1,78 euros.

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