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Resultados do Grupo Vista Alegre caiem 90%
O Grupo Vista Alegre terminou o primeiro semestre do corrente ano com um resultado líquido consolidado de 189,5 mil euros (38 mil contos), uma quebra de 89,73% face aos 1,845 milhões de euros...
Este fraco resultado deve-se ao resultado negativo de 1,252 milhões de euros (251 mil contos) da Vista Alegre Brasil, dada a sua baixa produção aliada a uma forte correcção cambial e à constituição de uma provisão para o IRC de 789 mil euros (160 mil contos). No período homólogo do ano passado este valor tinha sido nulo. No entanto, os resultados antes de impostos, excluindo os da Vista Alegre Brasil, são idênticos. O decréscimo nos resultados também se deve aos investimentos de 8,48 milhões de euros (1,7 milhões de contos) na expansão da actividade de retalho: aumento do número de lojas, construção de um novo armazém e aplicação de um novo sistema de informação para resolver as incompatibilidades com o ano 2000. Além deste esforço, foi realizado um investimento financeiro de 209,5 mil euros (42 mil contos) para adquirir as restantes acções da Cerexport, controlada desde Janeiro deste ano em 100%.
As vendas consolidadas do grupo alcançaram os 40,1 milhões de euros (8, 04 milhões de contos), contra os 29,3 milhões de euros (5,87 milhões de contos) do primeiro semestre de 1998. Contudo, no anterior exercício não estava incluído o grupo Cerexport. O mercado interno cresceu 11% e representa 54% das vendas do grupo, uma boa evolução que se deve ao aumento da rede de retalho e distribuição própria.
No mercado italiano as vendas cresceram 63% e em Espanha 22% atingindo 1,935 milhões de euros (388 mil contos). No entanto, na generalidade dos mercados externos a facturação caiu 9%, devido essencialmente às quedas nas vendas da faiança de mesa e do grés, explicadas pelo aumento da concorrência. Segundo fonte oficial da Vista Alegre «a tendência deste ano demonstra uma muito maior estabilidade na carteira de encomendas, pelo que, embora no primeiro semestre as vendas tenham sido inferiores em 18%, espera-se que no total do ano atinjam valor idêntico ao do ano anterior».
De acordo com a mesma fonte, as perspectivas de crescimento para este ano «não devem ser semelhantes aos níveis de 1998, não é no entanto de prever que se verifique uma evolução negativa».
No fecho da sessão de hoje e apesar do fraco volume transaccionado, o título cotava-se nos 11,92 euros (2.390 escudos), apresentando uma valorização de 5,49% face à sessão de ontem.