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Resultados do BES "em linha" e aumento de capital não foi surpresa

Os resultados de 2008 apresentados pelo Banco Espírito Santo (BES) ficaram "em linha" com as estimativas do Millennium IB e do CaixaBI, mas aquém das previsões do KBW. Já o aumento de capital de 1,2 mil milhões de euros não surpreendeu os analistas, mas continua a penalizar as acções do banco liderado por Ricardo Salgado. Os títulos caem mais de 4%.

30 de Janeiro de 2009 às 09:25
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Os resultados de 2008 apresentados pelo Banco Espírito Santo (BES) ficaram “em linha” com as estimativas do Millennium IB e do CaixaBI, mas aquém das previsões do KBW. Já o aumento de capital de 1,2 mil milhões de euros não surpreendeu os analistas, mas continua a penalizar as acções do banco liderado por Ricardo Salgado. Os títulos caem mais de 4%.

O BES revelou uma quebra de 33,7% nos lucros, para 402,3 milhões de euros, valor que “ficou em linha com nossas estimativas”, refere o analista André Rodrigues do CaixaBI, que destaca dos resultados “a área internacional, a qual tem vindo a assumir uma importância crescente, atingindo o seu contributo cerca de 35,6% do resultado consolidado ou 143,2 milhões”.

Rita Silva, analista do Millennium IB, refere que os lucros do quarto trimestre “superaram largamente as nossas estimativas”, já os analistas do Keefe, Bruyette & Woods (KBW) referem que os 68 milhões de euros obtidos pelo BES nos últimos três meses de 2008 “falharam as nossas previsões, em resultado das maiores provisões e as perdas com investimentos no mercado de capitais”.

Mas, mais que os resultados, as atenções centram-se no aumento de capital de 1,2 mil milhões de euros anunciado ontem. A perspectiva de que o BES viesse a necessitar de recorrer ao mercado para reforçar rácios de solvabilidade tem penalizado as acções em 2009, acumulando uma quebra superior a 20%. Na sessão de hoje, o aumento de capital continua a “ensombrar” as acções.

O Millennium IB sublinha, na nota de “research” emitida ontem, ao final do dia, que “não foram avançados mais detalhes sobre a operação, o que poderá criar alguma volatilidade na cotação” das acções do BES, na sessão de hoje. Os títulos do banco liderado por Ricardo Salgado caem 4,08% para 5,146 euros, tendo atingido um novo mínimo de mais de 12 anos.

“O anúncio feito [do aumento de capital de 1,2 mil milhões] não consubstancia uma surpresa na medida em que os rácios de capital do BES necessitavam de alguma medida de reforço de forma a cumprir o novo mínimo regulamentar definido pelo BdP (‘Tier I’ de 8%). A única eventual novidade prende-se com a magnitude do mesmo”, afirma André Rodrigues.



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