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Restrições levam a cancelamentos em 80% dos alojamentos e restaurantes

Em termos de faturação, 20% das empresas registaram quebras superiores a 50% em dezembro, comparativamente ao mesmo mês de 2020.

O setor do alojamento e restauração tinha, em agosto deste ano, 55% do crédito sob moratória.
Istockphoto
04 de Janeiro de 2022 às 11:18
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Cerca de 80% das empresas de alojamento e restauração sofreram cancelamentos de reservas as restrições implementadas no final do ano. As conclusões são da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que aponta a "forma intensa" como o setor reage aos anúncios de limitações ao funcionamento das atividades da restauração, similares e do alojamento turístico.

Durante o Natal e o fim de Ano, as regras obrigaram à apresentação de certificado digital de vacinação para restauração e alojamento e testes para bares e discotecas. Questionadas pela AHRESP sobre o impacto do anúncio, a larga maioria das empresas (88% de restauração e similares e 83% das de alojamento turístico) responderam ter começado logo a receber cancelamentos.

No total da época festiva, 47% das empresas de restauração e 42% do alojamento registaram cancelamentos em mais de metade das reservas que tinham confirmadas. Em termos de faturação, 20% das empresas registaram quebras superiores a 50% em dezembro, comparativamente ao mesmo mês de 2020.

Já 47% das empresas admitem não ter conseguido acumular reservas financeiras nos meses de verão e 44% indicam que conseguiram acumular reservas financeiras, mas já tiveram de as utilizar. O inquérito da AHRESP contou com 557 respostas válidas e representativas dos setores da restauração, similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional.

"O elevado nível de cancelamentos numa época tradicionalmente conhecida como balão de oxigénio para as empresas, com consequências graves para a estabilidade dos negócios, que se veem sem clientes e sem trabalhadores, são motivos mais que suficientes para que haja novos apoios a fundo perdido para a tesouraria das empresas", apela a associação.

A AHRESP acrescenta que a esperada subida de preços em várias áreas ao longo deste ano terá "enorme impacto" nos negócios destas atividades económicas, "pelo que é da maior relevância, já em janeiro de 2022, o reforço dos apoios a fundo perdido, de forma a compensar as perdas e para que se mantenham os negócios e os respetivos postos de trabalho".
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