O presidente da Repsol YPF, Antonio Brufau, nega que existam contactos do grupo português EDP para negociar uma fusão com a congénere espanhola Gas Natural, em que a Repsol detém uma participação directa de 30%.

Desde o início deste mês que existem rumores de uma aproximação entre as duas companhias eléctricas, mas este cenário foi também já desmentido pelo Governo português, que é o maior accionista da EDP, assim como pelo CEO, António Mexia.

No dia 2 de Outubro, o jornal espanhol El Mundo noticiava um encontro entre o ministro da Economia, Manuel Pinho, e António Brufau para discutirem a possibilidade de fusão amigável entre a EDP e a Gas Natural

A Gas Natural encontra-se actualmente numa posição algo fragilizada, uma vez que a oferta pública de aquisição (OPA) lançada no ano passado sobre a Endesa falhou, face à proposta apresentada pelos alemães da E.ON. O mercado energético espanhol está a atravessar uma fase de agitação, com a OPA da E.ON sobre a Endesa ainda por concluir e as eléctricas a serem alvo do interesse de vários investidores.

António Brufau juntou-se ontem ao coro de vozes que reclamam uma mudança normativa para facilitar as fusões energéticas. O presidente da Repsol fez ontem uma petição para mudar as regras da concorrência de modo a permitir uma aproximação entre a Iberdrola e a ACS, que já deram os primeiros passos uma fusão entre a filial desta, Unión Fenosa, e a eléctrica de Galan.

Em declarações à rádio Catalunya, Brufau salientou que "o actual enquadramento legal impede a criação de grandes grupos espanhóis".

O presidente da Repsol aproveitou ainda para negar quaisquer rumores que apontam para que a construtora Sacyr esteja a tomar posições de capital na petrolífera