A Redes Energéticas Nacionais (REN) deverá registar uma quebra entre 10 a 15% nos resultados líquidos deste ano, de acordo com as previsões do administrador financeiro da empresa, Rui Cartaxo, avançadas em entrevista à agência Bloomberg.

A descida prevista nos lucros, que em 2007 atingiram 145 milhões de euros, deve-se à redução dos ganhos relacionadas com o fim dos contratos de aquisição de energia (CAE). E também com o facto de a empresa ter o ano passado registado um ganho extraordinário com a anulação de uma provisão.

A criação do mercado ibérico de energia ditou o fim dos CAE. Existiam 32 e actualmente apenas 2 estão ainda activos. No ano passado a REN lucrou 16,4 milhões de euros com os CAE.

"A empresa está a estudar a maneira de melhorar os resultados líquidos", disse Rui Cartaxo numa entrevista à agência de noticias, durante uma conferência em Londres, que está a ser organizada pelo BCP.

Já as receitas operacionais deverão aumentar entre 5 a 10% ao ano até 2012, devido à base de activos regulados da empresa e sem ter em conta possíveis alterações à taxa de retorno.

As acções da REN sobem 0,29% para 3,50 euros.