Os administradores das empresas que integram o índice accionista britânico FTSE 100 receberam um aumento de 49% no ano passado, uma subida que contrasta com o aumento dos restantes trabalhadores.

Dados da Incomes Data Service (IDS), citados pelo Guardian, mostram que no ano passado os administradores levaram para casa, em média, 2,7 milhões de libras (3,1 milhões de euros) entre salários, bónus e incentivos de longo prazo.

Os presidentes executivos receberam uma remuneração média de 3,8 milhões de libras (4,33 milhões de euros), um valor que representa um aumento de 43,5% face a 2009. Os administradores ganharam mais 34,1% (2 milhões de libras, ou 2,28 milhões de euros), enquanto nos restantes administradores o aumento fio de 66,5%.

Esta forte subida nas remunerações ficou a dever-se sobretudo aos esquemas de pagamentos de bónus, já que os salários cresceram em média 3,2%. “Numa altura em que os trabalhadores estão a sofrer cortes de salários e a baixar o nível de vida, sem uma explicação, pode ser difícil às empresas do FTSE 100 justificarem o aumento significativo que concederam aos seus administradores”, disse Steve Tatton, da IDS.