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Rejeição da candidatura ao quinto canal "positiva" para a Zon

A rejeição da candidatura à licença para o quinto canal por parte da Zon Multimédia é vista como "positiva" pelos analistas. BPI e Espírito Santo Research (ESR) defendem que, nas actuais condições de mercado, o quinto canal poderia trazer riscos à actividade da dona da TV Cabo. Também para os restantes canais generalistas esta decisão é vista como "positiva".

24 de Março de 2009 às 10:10
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A rejeição da candidatura à licença para o quinto canal por parte da Zon Multimédia é vista como “positiva” pelos analistas. BPI e Espírito Santo Research (ESR) defendem que, nas actuais condições de mercado, o quinto canal poderia trazer riscos à actividade da dona da TV Cabo. Também para os restantes canais generalistas esta decisão é vista como “positiva”.

Ontem foi anunciado que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) manteve a exclusão das duas concorrentes, Telecinco e Zon Multimedia, para a atribuição de uma licença para um quinto canal de televisão em sinal aberto.

A equipa de analistas do ESR qualifica esta decisão do regulador responsável pelo concurso como “positiva” para a Zon Multimédia, Impresa e Media Capital/Prisa. “Como referimos no passado, o mercado publicitário português oferece uma dimensão relativamente pequena para lidar com outro canal de televisão, especialmente tendo em consideração o actual ambiente”.

O ESR acrescenta que acredita “que esta decisão pode remover alguma pressão em torno dos ‘players’ existentes no mercado, especialmente para a SIC da Impresa”. O banco de investimento realça que o surgimento de mais um concorrente no mercado implicaria uma possível compressão em termos de margens.

“Como dissemos no passado para a Zon Multimédia, preferiríamos ver a Zon fora deste concurso, uma vez que somaria riscos desnecessários ao portfólio de actividades da empresa, novamente tendo em consideração o momento deprimido do mercado publicitário”, concluem os analistas Sandra Sousa e Nuno Matias no “Iberian Daily” de hoje.

Os analistas adiantam que, dada a decisão da ERC, os receios do mercado em torno da presença da empresa neste projecto deverão desaparecer, “considerando que a Zon continuará focada nas suas actividades ‘core”.

O ESR recomenda “comprar” as acções da Zon, “vender” as da Impresa e apresenta um “rating” de “neutral” para a Prisa. Os preços-alvo atribuídos são de 7,00 euros, 0,70 euros e 4,4 euros, respectivamente.

Os analistas do BPI partilham da opinião de que a decisão do regulador é “positiva” para a companhia liderada por Rodrigo Costa. “Reiteramos que, na nossa opinião, o tema do quinto canal de televisão é potencialmente negativo para a Zon Multimédia porque, numa primeira fase, iria sozinha para um projecto que não vemos como ‘core’ para um operador de cabo, embora pudesse obter alguns parceiros numa fase subsequente”, refere Ricardo Pimentel Seara.

O banco reitera que, nas actuais condições económicas e de elevada concorrência, a empresa deverá manter o foco no ‘triple-play’ e no negócio de telecomunicações.

“Também vemos esta notícia como positiva para os ‘players’ de sinal aberto (Impresa e Prisa/Media Capital) pois esta decisão aumenta a possibilidade de não atribuição ou um atraso significativo de uma licença de quinto canal de televisão”, o que o BPI considera uma boa notícia para a SIC da Impresa e para a TVI da Media Capital devido às actuais condições económicas e publicitárias.

O banco de investimento adianta que, no caso da licença para o quinto canal não ser atribuída, o preço-alvo para o final de 2009 para a Impresa deverá subir em 0,70 euros para 1,20 euros, o da Media Capital deverá crescer de 4,15 euros para 5,20 euros e o da Prisa de 2,85 euros para 3,25 euros.

O BPI atribui uma recomendação de “comprar” à Zon Multimédia cujas acções avalia em 6,35 euros.

A Zon seguia a descer 0,87% para os 4,01 euros, enquanto a Impresa somava 1,43% para os 0,71 euros. As acções da Media Capital não negoceiam desde o dia 13 de Março.



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