A Primical, empresa que tinha já anunciado a intenção de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) geral sobre a Colep Portugal, não é participada por nenhum dos quadros desta empresa, esclareceu Jorge Ribeiro, administrador-delegado da Colep ao Público.

O mesmo responsável afirmou que «não há nenhum quadro da Colep que seja accionista da Primical», contrariando deste modo as indicações de que esta empresa teria sido constituída pelos quadros da Colep com o objectivo de efectuar um «management buy-out».

O administrador delegado da Colep refere ainda que, desde há dois anos têm vindo a ser colocadas várias hipóteses em cima da mesa sobre a venda da posição maioritária de 50,06% detida pela Colep Holding, que é, por sua vez dominada pelo investidor George Soros e pelo Grupo Espírito Santo (GES). O anúncio de que estava para breve uma solução para este caso, fez circular rumores de que os quadros da Colep poderiam avançar para comprar a empresa.

A Primical é detida pelo fundo de acções fechado Gilbert Global Equity Parteners, ligado à Frank Russel Company e ao The Capital Group Companies. Na passada semana, a empresa fez passar um anúncio preliminar da OPA, no qual avança com um preço de oito euros (1.603 escudos) por cada acção da Colep.

As acções da Colep abriram hoje nos 8,35 euros (1.674 escudos), registando uma valorização de 0,36%.