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Proposta de novas tarifas dos táxis que prevê bandeirada mais baixa em consulta pública

Com a proposta, a AMT refere que se "eliminam as tarifas em vazio quando se ultrapassam fronteiras municipais", uma das reivindicações mais pedidas pelos utilizadores.

José Manuel, taxista, no aeroporto de Lisboa
24 de Setembro de 2024 às 17:21
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A proposta de simplificação do tarifário dos táxis foi colocada em consulta pública até final de outubro e prevê bandeirada mais baixa e tarifas especiais em época baixa e alta, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

As propostas do regulamento agora em consulta pública surgem após a entrada em vigor, em 1 de novembro de 2023, do novo regime jurídico do transporte de passageiros em táxi (decreto-lei 101/2023) aplicável a todo o território nacional.

A lei dava à AMT, regulador dos transportes, o prazo de um ano para estabelecer em regulamento as regras gerais de formação dos preços em função dos tipos de serviço, tendo em conta os princípios de recuperação económica e financeira dos custos de serviço em cenário de eficiência e da promoção da acessibilidade.

Segundo o regulamento agora em consulta pública, a proposta de modelo tarifário considera a modalidade de aplicação dupla da tarifa, na qual o cálculo da importância a pagar implica a aplicação simultânea da tarifa por tempo e da tarifa por distância em toda a corrida.

Assim, o valor da viagem será considerado através do valor da bandeirada, que passará para dois euros, contra os 3,25 euros atuais, mais o preço por quilómetro e o preço por hora, que varia consoante o dia do ano e o período do dia.

De acordo com a AMT, a proposta para o sistema tarifário permitirá uma "simplificação das regras tarifárias", promove uma maior "justiça tarifária nas viagens interconcelhias", garante que sejam de aplicação imediata (não implicando adaptações específicas de taxímetros) e refletem "os reais custos do sistema".

Com a proposta, a AMT refere que se "eliminam as tarifas em vazio quando se ultrapassam fronteiras municipais", uma das reivindicações mais pedidas pelos utilizadores.

Nas tarifas intermunicipais, a fórmula de cálculo proposta é "transversal a todo o território nacional", deixando de existir penalização pelo facto de a viagem ter início num concelho e fim noutro.

Prevê-se também a criação de um tarifário que considera que nos dias feriados e datas festivas como o Natal, Ano Novo e feriado municipal, existe lugar a "um agravamento do preço por tempo de viagem", além de tarifas sazonais, nas regiões com forte atração turística.

A proposta prevê ainda a eliminação dos suplementos atuais (bagagem e transporte de animais, atualmente de 1,60 euros), mantendo-se o de reserva/chamada (80 cêntimos), sugerindo que sejam adotados "valores mais reduzidos quando a reserva é feita através de plataformas digitais".

No diagnóstico realizado ao setor do táxi, a AMT concluiu que em Portugal se destacam "um conjunto de dificuldades", como a falta de mão-de-obra e envelhecimento do setor, motivado pela sua baixa rentabilidade, além da baixa atratividade que se traduz numa perda de mercado e nas necessidades de financiamento para a renovação de frotas.

Para promover uma mudança, o organismo destaca a importância de ser possível fazer reservas via aplicação, de se estabelecer o preço antes da realização da viagem e a possibilidade de pagamento da viagem através da aplicação ou multibanco.

Na sua página 'online', a Federação Portuguesa do Táxi refere que o projeto tornado agora público pela AMT "está a ser avaliado" pelo organismo e, "após cuidada análise, serão transmitidos à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes os contributos que se entendam necessários".

O organismo apela aos sócios para que façam chegar a sua opinião sobre o projeto de regulamento que estabelece as regras gerais de formação dos preços no serviço público de transporte de passageiros em táxi "à sede e delegações, através dos meios mais convenientes".

Também o site da ANTRAL - Associação Nacional de Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros, dá conta da consulta pública, fornecendo os 'links' disponíveis para os seus associados puderem apresentar comentários e sugestões.


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