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Produção seguradora cresce 5,6%; Fidelidade lidera «ranking»

A produção seguradora em Portugal atingiu, em 2000, os 7,06 mil milhões de euros (1,416 mil milhões de contos), o que corresponde a um crescimento de 5,6% face a 1999. A Fidelidade lidera o «ranking»...

14 de Fevereiro de 2001 às 17:52
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A produção seguradora em Portugal atingiu, em 2000, os 7,06 mil milhões de euros (1,416 mil milhões de contos), o que corresponde a um crescimento de 5,6% face a 1999. A Fidelidade lidera o «ranking» nacional.

«Condicionado pela estagnação do ramo vida e mesmo beneficiando da expansão dos prémios de acidentes de trabalho, o volume de negócios do sector segurador evoluiu de forma relativamente moderada em 2000, ao que tudo indica a um ritmo mais lento do que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB)», revela a Associação Portuguesa de Seguros (APS) em comunicado.

Em 2000, a produção do ramo vida cresceu 0,8% face a igual período em 1999. O volume de negócios do ramo vida atingiu os 3,78 mil milhões de euros (759,7 milhões de contos).

Os prémios de acidentes de trabalho, no ano passado, registaram um crescimento de 32,3%, com a alteração do regime jurídico da protecção dos direitos de trabalho e da obrigatoriedade em 2000 de seguros para trabalhadores independentes, adiantou António Reis em conferência de imprensa.

António Reis, presidente da APS, revelou em conferência de imprensa que o abrandamento da produção seguradora do ramo vida se deve sobretudo «à alteração fiscal» das deduções dos seguros que tornaram menos atractivos este tipo de poupança e, à estratégia dos grupos financeiros nacionais em privilegiarem outros produtos financeiros aos seguros do ramo vida.

Em declarações ao Canal de Negócios, António Reis, revelou que o crescimento do ramo vida em 2000 foi «normal e previsível» e, para 2001 o crescimento esperado daquele segmento segurador «vai depender um pouco da estratégia dos grandes grupos económicos que têm produtos semelhantes aos seguros de vida, mas penso que há condições para o ramo vida se relançar novamente», através de produtos novos, como os Planos Poupança Educação (PPE)». Esta desaceleração «irá manter-se e não vamos ter novamente aqueles crescimentos dos 30 e 40% como tivemos. Vamos ter um crescimento normal, equivalente ao dos outros ramos seguradores», acrescentou António Reis.

No ramo automóvel, apesar de ter alcançado um crescimento de 7,9% em 2000 face ao ano anterior, António Reis, revelou que face ao crescimento da inflação da ordem dos 2,9% e o aumento de 5% do parque automóvel, o crescimento deste ramo em 2000 «é nulo».

A produção de seguros marítimos e transportes aéreos apresentou um decréscimo de 5,4% em 2000 face ao ano anterior. Contudo, António Reis, revelou em conferência de imprensa que o «comportamento de ramo está a melhorar» com a redução do imposto de selo sobre transporte marítimo.

Fidelidade lidera «ranking» segurador nacional

A companhia de seguros Fidelidade do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) lidera «ranking» segurador nacional com uma quota de mercado previsível de 14,12%, revelou a APS.

O volume de negócios alcançado pela Fidelidade, em 2000, atingiu os 997,59 milhões de euros (200 milhões de contos), com um crescimento de 6,5%. A Mundial Confiança, a outra seguradora do Grupo CGD, alcançou uma quota individual de mercado de 5,77%.

A seguradora Tranquilidade Vida, do Grupo Espírito Santo (GES) alcançou em 2000 o segundo lugar no «ranking» segurador nacional com um crescimento de 26,8%. A Tranquilidade Vida atingiu, em 2000, uma quota de mercado de 13,86% com um volume de negócios de 978,81 milhões de euros (196,235 milhões de contos).

As seguradoras Ocidental Vida, o BPA Seguros Vida e a Império do Grupo Banco Comercial Português (BCP) no seu conjunto deverão ter alcançado uma quota de mercado de 21,8%. Individualmente, a Ocidental Vida alcançou uma quota de mercado de 8,81%, apresentando um crescimento de 25,6% face a 1999.

Questionado sobre a possível entrada de novas seguradoras no mercado nacional, António Reis revelou ao Canal de Negócios que «há sempre lugar para mais seguradoras. Nós somos um mercado aberto que neste momento temos cerca de 90 seguradoras mas a funcionar na realidade tendo em conta os grupos financeiros, na ordem das 40 a 50 seguradoras. Mas de qualquer maneira nós temos sempre lugar para novas seguradoras, não somos um mercado fechado», acrescentou.

Produção seguradora no exterior cresceu 75%

A produção das sucursais no estrangeiro de seguradoras nacionais no conjunto dos mercados e ramos atingiu um crescimento de 75%, revelou António Reis em conferência de imprensa.

O volume de negócios no exterior registado em 2000 foi de cerca de 109,73 milhões de euros (22 milhões de contos).

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