A listagem da Forbes, publicada anualmente e que dá a conhecer as personalidades com as maiores fortunas a nível mundial, avalia a fortuna do príncipe Bin Talal em 20 mil milhões de dólares (15.300 milhões de euros), colocando-o na vigésima sexta posição do ranking.

Porém, o príncipe rejeita a avaliação feita pela revista, que considera ser calculada segundo métodos que colocam os investidores do Médio Oriente em “desvantagem”, noticia a BBC. De acordo com relatórios de Bin Talal, a fortuna do príncipe está avaliada em 29,6 mil milhões de dólares, quantia que o colocaria na décima posição do ranking da “Forbes”.

O príncipe afirma que a revista se recusou a aceitar a avaliação das suas acções, cotadas na Tadawul, a Bolsa de Valores da Arábia Saudita, mas que aceitou, no entanto, as avaliações de outros mercados emergentes, como a Bolsa de Valores do México. Bin Talal acusa ainda a revista de aplicar “diferentes padrões de avaliação a diferentes indivíduos”, refere a BBC.

O gabinete de Bin Talal requisitou já à “Forbes” a remoção do príncipe do índice dos mais ricos, comunicando ainda que não vai continuar a cooperar com as equipas de avaliação. “Temos trabalhado muito abertamente com a equipa da “Forbes” ao longo dos anos em várias ocasiões, apontando os problemas da sua metodologia que necessita de correcção”, afirmou em comunicado Shandi Sanbar, gestor financeiro da Kingdom Holding Company, detida pelo príncipe. “No entanto, depois de vários anos a tentar corrigir erros, consideramos que a Forbes não tem intenção de melhorar a precisão dos seus métodos e decidimos deixar de colaborar”, acrescenta.

Por seu lado a “Forbes” garante que examinou a fortuna de Bin Talal “profundamente”, depois das acusações do príncipe. A revista afirma ainda, num artigo publicado no seu site, que Bin Talal faz vários esforços para afectar o seu ranking e já reclamou em anos anteriores as avaliações feitas. “Dos 1.426 bilionários da nossa lista, nenhum – nem mesmo Donald Trump – faz grandes esforços para tentar afectar o respectivo ranking”, considera a revista.

Cintando antigos associados do príncipe, a Forbes afirma que o ranking tem muita importância para Alwaleed Bin Talal. “Esta é a maneira como o príncipe quer que o mundo julgue o seu sucesso ou o seu falhanço”, afirmou uma fonte anónima próxima do príncipe, citada pela BBC.

A lista de 2013 mantém Carlos Slim como o homem mais rico do planeta, com uma fortuna avaliada em 73 mil milhões de dólares. O décimo lugar, reclamado por Bin Talal é ocupado por Bernard Arnault e família, com 29 mil milhões de dólares.

Apenas três portugueses ocupam o índice dos mais ricos: Américo Amorim, Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, com 4.400, 3.000 e 1.450 milhões de dólares, respectivamente.