Notícia
Principal linha de crédito para apoiar empresas já está esgotada
As sociedades de garantia mútua receberam 43 mil candidaturas e aprovaram operações de financiamento no valor total de 4,3 mil milhões de euros.
As sociedades de garantia mútua já aprovaram operações de financiamento no valor total de 4,3 mil milhões de euros no âmbito das linhas de crédito destinadas a apoiar as empresas afetadas pela pandemia do coronavírus. Duas das quatro linhas disponíveis, incluindo a principal, que foi alargada a todos os setores de atividade, já estão esgotadas.
A informação foi avançada, esta quarta-feira, 6 de maio, pela SPGM - Sociedade de Investimento, a entidade que coordena o Sistema Português de Garantia Mútua e que gere as linhas de crédito lançadas pelo Governo no contexto da pandemia.
Em comunicado enviado às redações, a SPGM indica que registou mais de 43 mil candidaturas, a larga maioria das quais (mais de 94%) apresentadas pela banca após o dia 16 de abril.
As operações aprovadas, acrescenta o comunicado, correspondem a um valor total de 4,3 mil milhões de euros, o que representa quase 70% da dotação disponível nestas linhas.
Em causa estão quatro linhas de crédito garantido pelo Estado, com uma dotação total de 6,2 mil milhões de euros: a principal, destinada a todos os setores de atividade económica, tinha disponíveis 4,5 mil milhões; o turismo conta com uma linha de 900 milhões para empreendimentos e alojamentos e outra de 200 milhões para agências de viagens e empresas de animação turística e organização de eventos; e a restauração tem uma linha de 600 milhões.
Tendo em conta o volume de candidaturas recebidas, e de forma a garantia a análise das operações e a avaliação dos plafonds disponíveis, a SPGM decidiu "suspender temporariamente a entrada de candidaturas nas sociedades de garantia mútua". Após a avaliação, a instituição concluiu que "duas linhas específicas já atingiram, com as operações entradas, o montante máximo protocolarmente definido para as mesmas".
Assim, a linha de apoio à atividade económica, de 4,5 mil milhões, foi encerrada, bem como a linha destinada às agências de viagens. "Relativamente às operações entradas nas sociedades de garantia mútua, e ainda em processo de análise, as mesmas serão decididas e aprovadas até ao plafond total estabelecido por linha específica", esclarece a SPGM.
As outras duas linhas, destinadas aos empreendimentos e alojamentos turísticos e à restauração, "continuam disponíveis e a aceitar candidaturas".
Procura supera em duas semanas todo o ano de 2019
Das 43 mil candidaturas recebidas, 83% correspondem a micro ou pequenas empresas. As sociedades de garantia mútua já aprovaram "cerca de 80% destas operações solicitadas por empresas de menor dimensão e com maiores necessidades de liquidez no curto prazo", refere a SPGM.
A procura tem vindo a aumentar nos últimos dias. Apesar de as linhas estarem disponíveis desde 30 de março, a SPGM nota que a quase totalidade das candidaturas recebidas foram submetidas pelas instituições de crédito apenas a partir de 16 de abril.
E, desde então, a procura já supera aquela que tinha sido registada no conjunto do ano passado. "Só nas duas últimas semanas, a procura registada e o volume de candidaturas apresentadas à linha de apoio à economia Covid-19 corresponderam a cerca do dobro do número total das garantias emitidas pela Garantia Mútua em todo o ano de 2019.
O prazo médio de decisão pelo sistema de garantia, nota ainda a SPGM, foi de quatro dias úteis "após a receção do formulário de candidatura devidamente preenchido pela instituição de crédito e com todos os elementos necessários à análise de risco para efeitos da obtenção da garantia".
Recorde-se que, em audição na Assembleia da República, os presidentes dos maiores bancos portugueses acusaram as sociedades de garantia mútua de dificultarem os processos de aprovação devido à burocracia. Os administradores do BPI chegaram mesmo a afirmar que o número de documentos exigidos às empresas que quisessem aceder às linhas de crédito passou de dois para nove, o que obrigou os bancos a voltar a contactar empresas que já tinham processos de financiamento aprovados do lado do banco.
A informação foi avançada, esta quarta-feira, 6 de maio, pela SPGM - Sociedade de Investimento, a entidade que coordena o Sistema Português de Garantia Mútua e que gere as linhas de crédito lançadas pelo Governo no contexto da pandemia.
As operações aprovadas, acrescenta o comunicado, correspondem a um valor total de 4,3 mil milhões de euros, o que representa quase 70% da dotação disponível nestas linhas.
Em causa estão quatro linhas de crédito garantido pelo Estado, com uma dotação total de 6,2 mil milhões de euros: a principal, destinada a todos os setores de atividade económica, tinha disponíveis 4,5 mil milhões; o turismo conta com uma linha de 900 milhões para empreendimentos e alojamentos e outra de 200 milhões para agências de viagens e empresas de animação turística e organização de eventos; e a restauração tem uma linha de 600 milhões.
Tendo em conta o volume de candidaturas recebidas, e de forma a garantia a análise das operações e a avaliação dos plafonds disponíveis, a SPGM decidiu "suspender temporariamente a entrada de candidaturas nas sociedades de garantia mútua". Após a avaliação, a instituição concluiu que "duas linhas específicas já atingiram, com as operações entradas, o montante máximo protocolarmente definido para as mesmas".
Assim, a linha de apoio à atividade económica, de 4,5 mil milhões, foi encerrada, bem como a linha destinada às agências de viagens. "Relativamente às operações entradas nas sociedades de garantia mútua, e ainda em processo de análise, as mesmas serão decididas e aprovadas até ao plafond total estabelecido por linha específica", esclarece a SPGM.
As outras duas linhas, destinadas aos empreendimentos e alojamentos turísticos e à restauração, "continuam disponíveis e a aceitar candidaturas".
Procura supera em duas semanas todo o ano de 2019
Das 43 mil candidaturas recebidas, 83% correspondem a micro ou pequenas empresas. As sociedades de garantia mútua já aprovaram "cerca de 80% destas operações solicitadas por empresas de menor dimensão e com maiores necessidades de liquidez no curto prazo", refere a SPGM.
A procura tem vindo a aumentar nos últimos dias. Apesar de as linhas estarem disponíveis desde 30 de março, a SPGM nota que a quase totalidade das candidaturas recebidas foram submetidas pelas instituições de crédito apenas a partir de 16 de abril.
E, desde então, a procura já supera aquela que tinha sido registada no conjunto do ano passado. "Só nas duas últimas semanas, a procura registada e o volume de candidaturas apresentadas à linha de apoio à economia Covid-19 corresponderam a cerca do dobro do número total das garantias emitidas pela Garantia Mútua em todo o ano de 2019.
O prazo médio de decisão pelo sistema de garantia, nota ainda a SPGM, foi de quatro dias úteis "após a receção do formulário de candidatura devidamente preenchido pela instituição de crédito e com todos os elementos necessários à análise de risco para efeitos da obtenção da garantia".
Recorde-se que, em audição na Assembleia da República, os presidentes dos maiores bancos portugueses acusaram as sociedades de garantia mútua de dificultarem os processos de aprovação devido à burocracia. Os administradores do BPI chegaram mesmo a afirmar que o número de documentos exigidos às empresas que quisessem aceder às linhas de crédito passou de dois para nove, o que obrigou os bancos a voltar a contactar empresas que já tinham processos de financiamento aprovados do lado do banco.