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Primeiros autocarros da Carris Metropolitana nas ruas de Lisboa em junho

Os primeiros autocarros da marca única Carris Metropolitana, que vão circular na Área Metropolitana de Lisboa (AML), entram em funcionamento em junho, reforçando em 40% a oferta, revelou hoje o presidente da Câmara de Lisboa.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, congratulou-se com a decisão judicial de 4 de março.
Pedro Simões
14 de Abril de 2021 às 15:54
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O autarca falava na sessão de consignação do lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa para a ligação das estações do Rato ao Cais do Sodré, com a construção de duas novas paragens na Estrela e em Santos - um investimento de cerca de 210 milhões de euros, estimando-se a conclusão da obra em 2024.

Referindo-se à criação da linha circular do metro de Lisboa, com as duas novas estações da Estrela e Santos na atual linha Verde, como forma de "desbloquear e alterar a mobilidade", Fernando Medina salientou que haverá uma "melhoria da eficácia no centro alargado da cidade de Lisboa".

O autarca frisou também que hoje é o dia "em que o debate termina", lembrando que durante mais de 10 anos houve vozes críticas que discordavam de que avançasse a linha circular dentro de Lisboa.

"Está aqui o compromisso da câmara e da AML [da qual é igualmente presidente] em fazer uma estratégia de promoção do transporte coletivo que começou com o passe único, que até véspera da pandemia foi um enorme sucesso democrático, económico, social e ambiental", disse.

Fernando Medina sublinhou ainda que a aposta irá ter tradução "já no mês de junho, com a entrada dos primeiros autocarros da Carris Metropolitana, numa rede única, num sistema de informação única com um passe único".

o presidente da autarquia frisou que os autocarros vão ser "mais modernos e eficientes" e com uma oferta "superior a 40% da oferta existente".

Fernando Medina salientou também que a rede "funcionará sobre determinação de critérios de serviços públicos e não de critérios de responder à procura mais significativa".

"Deixam de ser licenças de operação para passar a ser rotas e redes definidas em função do serviço público", explicou.

Em 18 de fevereiro do ano passado, a Área Metropolitana de Lisboa lançou um concurso público internacional no valor de 1,2 mil milhões de euros, o "maior concurso que o país já alguma vez lançou do ponto de vista de serviços rodoviários", para melhorar o serviço de transporte público rodoviário nos seus 18 municípios.

O concurso foi o primeiro passo para que a AML começasse a gerir todos os restantes transportes públicos na sua área, entre os quais a Soflusa, a Transtejo e o Metropolitano de Lisboa.

Os 18 municípios que integram a AML são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Em 01 de abril de 2019 entrou em funcionamento o novo passe único Navegante Metropolitano com um custo máximo de 40 euros mensais por utente, permitindo viajar em todos os operadores de transportes públicos na AML, uma medida integrada no Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART).

Foram também criados 18 passes Navegante Municipal, um para cada dos 18 concelhos que integram a AML e, neste caso, permite apenas viajar no concelho para o qual foi adquirido por 30 euros.
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