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Presidente da Starbucks pode trocar liderança da empresa pela corrida à Casa Branca

O chairman da empresa, que vai deixar o cargo no final deste mês, admitiu estar a estudar várias opções para o futuro, inclusive um cargo público.

Reuters
Rita Faria afaria@negocios.pt 05 de Junho de 2018 às 12:30

Howard Schultz, presidente não executivo da Starbucks, vai abandonar o cargo no final deste mês, depois de uma jornada de mais de 30 anos à frente dos destinos do império do café. O próximo destino? Talvez a corrida à Casa Branca.

Numa carta dirigida aos funcionários da empresa, Schultz admitiu a possibilidade de concorrer a um cargo público, aumentando a especulação de que poderá entrar na corrida às eleições de 2020, conhecidas que são as suas ambições presidenciais.

"Tenho pensado numa série de opções para mim, da filantropia ao serviço público, mas estou muito longe de saber o que o futuro reserva", escreveu Schultz, na missiva citada pelo Financial Times.

O bilionário foi CEO da Starbucks entre 1986 e 2000 e novamente de 2008 a 2017, ano em que entregou o cargo a Kevin Johnson para se tornar chairman da companhia. Durante estas mais de três décadas, Schultz transformou a pequena empresa de Seattle no maior império de café do mundo, passado de apenas 11 lojas para cerca de 28 mil em 77 países.

"Comecei a construir uma empresa em que o meu pai, operário e veterano da Segunda Guerra Mundial, nunca teve a oportunidade de trabalhar", refere o empresário na carta. "Juntos, fizemos isso e muito mais equilibrando a rentabilidade e a consciência social, a compaixão e o rigor, o amor e a responsabilidade".

Schultz apoiou Hillary Clinton em 2016 e admitiu, nessa altura, à CNN, que "nunca se diz nunca" quando questionado sobre a possibilidade de ele próprio concorrer à presidência dos Estados Unidos.

O empresário também tem criticado abertamente Donald Trump, como aconteceu na semana passada, quando disse à CNN que a retórica do presidente sobre a raça "deu licença às pessoas para que se sentissem como se pudessem imitar e copiar o tipo de comportamento e linguagem que sai desta administração", lembra o Financial Times.

Já esta segunda-feira disse em declarações ao New York Times: "Há algum tempo que estou profundamente preocupado com o nosso país - a crescente ao nível interno e a nossa posição no mundo. Uma das coisas que quero fazer no próximo capítulo é descobrir se há algum papel que eu possa desempenhar e que me permita retribuir. Não sei exactamente o que isso significa ainda".

Howard Schultz vai ficar no cargo de chairman da Starbucks até ao próximo dia 26 de Junho, altura em que será substituído por Myron Ullman, actual membro do conselho de administração.

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