Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Prejuízos da Grão-Pará crescem mais de três vezes para 7,32 milhões

A Grão-Pará registou prejuízos superiores a 7,32 milhões de euros em 2004, o que compara com o prejuízo de 2,05 milhões registado em período homólogo, de acordo com o comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

18 de Maio de 2005 às 12:57
  • ...

A Grão-Pará registou prejuízos superiores a 7,32 milhões de euros em 2004, o que compara com o prejuízo de 2,05 milhões registado em período homólogo, de acordo com o comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As vendas e prestações de serviços registaram uma quebra de 34% para os 8,4 milhões de euros e os resultados operacionais também forma negativos em 5,45 milhões de euros, um valor sete vezes acima do verificado em período homólogo.

A empresa liderada por Abel Pinheiro registou resultados extraordinários positivos de 535,7 mil euros, menos do que os 724,8 mil euros arrecadados em 2004.

«No exercício de 2004, após uma ligeira retoma da economia nacional no primeiro semestre, verificou-se um reverso dessa tendência no segundo semestre, em consonância, aliás, com a maioria dos nossos parceiros da União Europeia. Assim, a actividade hoteleira na Região da Grande Lisboa, que reconhecera no primeiro semestre um notável crescimento das receitas por força da realização do Euro 2004, reconheceu um abrandamento no segundo semestre, por força das razões acima apontadas», de acordo com o comunicado.

Contudo, segundo a mesma fonte, o «Hotel Atlantis Sintra Estoril teve um aumento, no exercício de 4,83%», enquanto o Hotel Atlantis Vilamoura registou «uma diminuição de 1,61%» e o Aparthotel Solférias teve uma quebra de 0,4%, de acordo com o comunicado da Grão-Pará.

O capital próprio registou uma queda, passando dos 19,99 milhões de euros para os 13,21 milhões de euros «influenciada pela alteração da estrutura societária do grupo por via da aumento de capital da Interhotel, S.A. no primeiro semestre e a venda das participações no segundo semestre desta empresa (Interhotel, S.A.) e da Matur, S.A. à Autodril-S.G.P.S., S.A.. Esta redução tem como contrapartida os Interesses Minoritários», segundo o comunicado.

Sobre as perspectivas futuras, a empresa diz no comunicado que «é nossa opinião que a estabilidade política oriunda de Constituição de um Governo maioritário, emanado das eleições de 20 de Fevereiro de 2005, permita clarificar as linhas de rumo da política económica nacional. Contudo, estamos cientes de que Portugal está inserido num espaço económico muito vasto e que a nossa retoma dependerá basicamente da retoma da economia europeia».

Empresa recorre de decisão da DGT

A Grão-Pará acrescenta ainda no comunicado que vai recorrer da decisão da Direcção Geral do Turismo (DGT), que em Março de 2005 chumbou o projecto que a empresa apresentou para construção nuns terrenos perto do Autódromo do Estoril, o que em Outubro de 2004 tinha considerado de «carácter estruturante».

Este projecto foi aprovado primeiramente pela Direcção Geral do Turismo e posteriormente chumbado pela Câmara Municipal de Cascais. Mais tarde a DGT chumbou, alegando que os terrenos em causa já não seriam da Grão-Pará pois tinham sido usados pela empresa como forma de pagamento de dívidas que a empresa tinha para com o Estado.

As acções da Imobiliária Construtora Grão-Pará [grão] ainda não negociaram hoje, tendo registado uma queda de 16,20% para os 4,19 euros na sessão de ontem, com 26 títulos transaccionados.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio