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Posição de Amorim na Galp «presa» durante oito anos

Amorim não pode vender nos próximos cinco anos e, nos três anos subsequentes, só poderá fazê-lo em «condições controladas».

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Segundo o acordo firmado por Amorim, a sua posição não poderá ser vendida nos próximos cinco anos. Manuel Pinho, ministro da Economia, acrescentou esta quinta-feira à noite – após o entendimento com os italianos da ENI – novos pormenores.

Depois dos cincos anos iniciais do acordo parassocial, que é o prazo em que Américo Amorim se compromete em não vender a sua participação na Galp, haverá ainda três anos subsequentes que condicionam a alienação desta participação.

A Amorim Energia, recorde-se, conta ainda como accionistas com a Sonangol e a Caixa Galicia. Para crescer da actual posição de 32,5% (após a compra dos 14,3% da EDP e quando confirmar a aquisição dos 18,3% da REN), Amorim vai provavelmente negociar com a Iberdrola, que deverá sair da Galp para concentrar a sua posição na EDP.

A Iberdrola detém 4% da Galp e é, a par com a Cajastur, o maior accionista privado da EDP, mas sem acesso à gestão da empresa nem representação no conselho de administração. Agora, perspectiva-se a entrada da Iberdrola no Conselho Superior da eléctrica, no âmbito do novo desenho da estrutura de governo da sociedade (ver notícias relacionada).

Recorde-se que, em entrevista ao Jornal de Negócios publicada a 20 de Dezembro, Amorim afirmou: «Não vendo a Galp porque terei uma responsabilidade que não tive na Petrogal».

Era a resposta a quem acusava o empresário de estar na operação com uma posição de curto prazo e de realização imediata de mais-valias.

A 6 de Dezembro, Manuel Ferreira de Oliveira, líder da Petrocer (consórcio do grupo Violas, BPI e Arsopi, que ganhou o concurso para a venda da Galp em 2004), afirmava ao Jornal de Negócios Online a entrada de Amorim na Galp «será a última machadada» no acordo Petrocer/Estado, diz Ferreira de Oliveira. Já Henrique Neto, presidente da Iberomoldes, afirmava que Américo Amorim comprava a Galp «certamente para voltar a vender, porque tem sido essa a regra constante da sua actuação».

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