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Portugal com 1,132 milhões de clientes em banda larga
O número de clientes de banda larga em Portugal atingiu, no final de Setembro deste ano, 1,132 milhões, um aumento de 51,4% face ao período homólogo do ano anterior, anunciou hoje a Anacom.
O número de clientes de banda larga em Portugal atingiu, no final de Setembro deste ano, 1,132 milhões, um aumento de 51,4% face ao período homólogo do ano anterior, anunciou hoje a Anacom.
De acordo com os dados divulgados pela entidade reguladora, foram acrescentados neste trimestre 84 mil novos clientes de acesso de banda larga, mantendo-se a tendência de crescimento do ADSL superior à do acesso por cabo.
O número de clientes de ADSL atingiu, no final do terceiro trimestre, 641 mil, correspondendo a 488 mil clientes ao serviço de acesso à internet através da rede cabo. No terceiro trimestre, o ADSL acrescentou 68 mil novos clientes e o cabo 16 mil.
Estes números colocam a taxa de penetração de banda larga em Portugal nos 10,8%, um crescimento de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
Segundo a Anacom, «para a expansão da banda larga através da tecnologia ADSL contribuiu o crescimento do número de lacetes desagregados, reflexo da aposta dos operadores em chegar aos clientes directamente e da melhoria das condições da Oferta do Lacete Local».
Pedidos para desagregar mais quatro mil lacetes
Ao nível dos lacetes locais, no final de Setembro existiam 43,127 mil lacetes desagregados, mais 55% que no trimestre anterior e que compara com os cerca de sete mil um ano antes.
De acordo com a Anacom, «existem actualmente pedidos em carteira para desagregar mais 4,250 mil lacetes, pelo que o número existente no final de Setembro rapidamente será ultrapassado».
Pedro Duarte Neves, presidente da Anacom, garantiu, hoje no 15º Congresso das Comunicações, que a actuação do regulador ao nível das ofertas grossistas da PT conduziu a benefícios para os consumidores.
Assim, disse, a Anacom impôs medidas que levaram à redução de 60% na instalação do lacete local e de 20% na mensalidade de desagregação, a redução do preço do acesso agregado foi de 50% e a redução da mensalidade do acesso local para uma oferta de 2 Mbps foi de cerca de 35%. A redução dos preços de interligação atingiu os 10%.
O que conduziu, disse, a reduções de preços nas chamadas locais de 6%, de 20 a 30% nas chamadas regionais, nacionais e no fixo-móvel.
As ofertas de voz e banda larga, baseadas na oferta grossista, conduziram a poupanças de 50% para o consumidor final. Por outro lado, a classe de 2 Mbps para o acesso à Internet já correspondeu a 50% dos acessos ADSL.
Pedro Duarte Neves enfatizou, também, outras medidas regulatórias, como o desenvolvimento da ORLA (Oferta de Realuguer da Linha de Assinante), que ficará disponível, disse, até ao final do ano.
O presidente da autoridade de regulação anunciou, também, que no final do primeiro trimestre do próximo ano será desenvolvida a tarifa plana de interligação. Em consulta pública está já a ORLA (oferta de realuguer de linha de assinante), que permitirá «condições associadas à disponibilização, pelo operador histórico, de ofertas agregando, num preço único, linha de rede e tráfego – que contribuem para uma transição gradual do mercado face à introdução de novas soluções tecnológicas».
Segundo disse, «a legislação tem de acompanhar a evolução do mercado».