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Portugal Ventures investe 5 milhões num “match” com sete novas startups
As portuguesas Miio, WalliD, Spinach Tours, FootAR e C-mo Medical Solutions, a israelita Pruvo e a neerlandesa Fraudio reforçam o portefólio da capital de risco estatal.
Após ter fechado 2021 com um lucro de 12 milhões de euros, que traduz uma substancial recuperação face ao prejuízo de 814 mil euros no ano anterior – e contabilizando atualmente 254 milhões de euros em ativos sob gestão –, a Portugal Ventures já investiu este ano 6,3 milhões de euros em 11 novas empresas, para fixar um portefólio que conta, neste momento, com um total de 140 companhias.
Agora reveladas pela Portugal Ventures, as últimas sete startups – das quais uma tem sede nos Países Baixos (a Fraudio) e outra em Israel (a Pruvo) – vieram reforçar a carteira da sociedade do grupo Banco Português de Fomento (BPF) nas áreas de digital e tecnologia, tecnologias da saúde e turismo, num investimento da ordem dos cinco milhões de euros.
“Reforçamos o nosso portefólio com o investimento em seis novas empresas que desenvolvem soluções em setores estratégicos como é o caso da sustentabilidade, saúde, identidade digital e turismo e que estão num estágio de crescimento do seu negócio e reconhecimento no mercado nacional e internacional”, explica o presidente da Portugal Ventures. “Nestas operações, salientamos o coinvestimento com dois grandes parceiros de capital internacionais – o Boehringer Ingelheim Venture Fund e a High-Tech Gründerfond –, o que nos deixa muito confiantes na nossa estratégia de internacionalização da rede de parceiros de capital”, enfatiza Rui Ferreira.
Quanto à sétima empresa, trata-se da FootAR, uma startup madeirense em que a Portugal Ventures investiu em parceria com a August One, um “family office” baseado em Singapura. A FootAR desenvolve uma plataforma de realidade aumentada, imersiva, que replica um estádio de futebol virtual, com disponibilização, em tempo real, de dados e estatísticas sobre jogadores, clubes e campeonatos. Das restantes seis, destacam-se a Fraudio, sediada em Amesterdão, que é liderada pelo português João Moura, e a israelita Pruvo, que tem “uma forte presença em Portugal, onde tem como clientes as principais agências de viagens nacionais”.
A Fraudio apresenta “uma solução altamente inovadora na área do combate à fraude nos pagamentos e crimes eletrónicos”. Já a Pruvo detém “uma solução baseada em inteligência artificial que permite às agências de viagens e aos viajantes beneficiarem da flutuação de preços nas reservas de hotéis, conseguindo os mesmos remarcar a reserva do quarto ao preço mais baixo, caso se verifique uma variação entre a data da reserva e o dia do ‘check-in’”.
Da carteira da sociedade estatal fazem agora também parte as lusas Miio, WalliD, C-mo Medical Solutions e Spinach Tours. A Miio é especializada na área da mobilidade elétrica, que “detém uma quota de mercado de 70% de utilizadores de veículos elétricos”, enquanto a WalliD “é um kit de ferramentas de identidade que conecta protocolos de identidade digital com aplicações online, com o objetivo de, através de uma carteira digital única, permitir aos utilizadores, aceder, gerir e autenticar-se com qualquer identidade”.
A C-mo Medical Solutions desenvolve soluções para o diagnóstico e gestão de doenças respiratórias, tendo como missão “revolucionar a gestão clínica da tosse crónica, um sintoma que afeta 400 milhões de adultos em todo o mundo”. E a Spinach Tours é uma plataforma destinada a operadores de circuitos turísticos, em parceria com a Barraqueiro e a Boost Portugal, que através de um modelo “vehicle as a service” permite “a comercialização mundial de uma solução chave na mão, única no mundo, apoiada por um veículo elétrico e com integração de tecnologia para o desenvolvimento de experiências interativas de passeios turísticos”.