Notícia
Política "desastrosa" de impostos impulsiona tráfico de tabaco em Espanha
As importações ilegais de tabaco já tinham praticamente desaparecido em Espanha, mas a elevada taxa de desemprego e a subida dos impostos sobre os cigarros levaram a actividade a renascer.
08 de Fevereiro de 2012 às 14:11
O contrabando de tabaco era uma actividade praticamente extinta, mas a percentagem de cigarros importados por via ilegal ou falsificados já atingiu os 7% a 8% dos cigarros consumidos em Espanha, este ano, segundo foi divulgado por associação de tabaco. Há um ano, a proporção era praticamente nula.
“O contrabando e o tabaco falsificado, que tinham sido erradicados em 1993, regressaram fortemente este ano”, disse o responsável da Altadis, unidade espanhola do Grupo Imperial Tobacco, Jaime Gil-Robles, à Bloomberg.
O tráfico de tabaco tem consequências nas receitas fiscais do Estado e a na indústria tabaqueira do país. No ano passado, as receitas do Tesouro espanhol ficaram 14% aquém da estimativa de 9,05 mil milhões de euros, excluindo o imposto de valor de acrescentado (IVA) disse a Altadis, citada pela agência noticiosa.
A indústria também está preocupada com o contrabando numa altura em que a subida dos impostos, a recessão económica e as restrições ao fumo em espaços fechados estão a penalizar as vendas.
“No ano passado, houve três choques em Espanha para o consumidor: o ambiente económico mais difícil, aumentos excessivos e a proibição de fumo em espaços fechados”, disse o presidente da Imperial Tobacco, Alison Cooper, à Bloomberg.
A subida dos impostos terá sido o factor que mais impulsionou o contrabando de tabaco, que tipicamente é proveniente do estrangeiro e penaliza os produtores ou importadores de tabaco no país.
“A política orçamental foi desastrosa porque obrigou a um aumento de 50 cêntimos por maço” de cigarros, disse Gil-Robles, da Altadis, a associação do sector em Espanha. “Acrescente-se a crise e o nível estratosférico do desemprego a isso e temos o melhor cenário para o contrabando e o tabaco ilícito”, salientou.
Numa só semana do mês passado a política espanhola interceptou mais de um milhão de maços de tabaco ilegais no valor de quatro milhões de euros e, em Dezembro, as autoridades fiscais apanharam 561 mil maços de tabaco Marlboro que iam a entrar no país com outra marca, reporta a Bloomberg.
“O contrabando e o tabaco falsificado, que tinham sido erradicados em 1993, regressaram fortemente este ano”, disse o responsável da Altadis, unidade espanhola do Grupo Imperial Tobacco, Jaime Gil-Robles, à Bloomberg.
A indústria também está preocupada com o contrabando numa altura em que a subida dos impostos, a recessão económica e as restrições ao fumo em espaços fechados estão a penalizar as vendas.
“No ano passado, houve três choques em Espanha para o consumidor: o ambiente económico mais difícil, aumentos excessivos e a proibição de fumo em espaços fechados”, disse o presidente da Imperial Tobacco, Alison Cooper, à Bloomberg.
A subida dos impostos terá sido o factor que mais impulsionou o contrabando de tabaco, que tipicamente é proveniente do estrangeiro e penaliza os produtores ou importadores de tabaco no país.
“A política orçamental foi desastrosa porque obrigou a um aumento de 50 cêntimos por maço” de cigarros, disse Gil-Robles, da Altadis, a associação do sector em Espanha. “Acrescente-se a crise e o nível estratosférico do desemprego a isso e temos o melhor cenário para o contrabando e o tabaco ilícito”, salientou.
Numa só semana do mês passado a política espanhola interceptou mais de um milhão de maços de tabaco ilegais no valor de quatro milhões de euros e, em Dezembro, as autoridades fiscais apanharam 561 mil maços de tabaco Marlboro que iam a entrar no país com outra marca, reporta a Bloomberg.