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Pinto reconhece resultados operacionais abaixo do desejado
Os resultados operacionais da TAP em 2003 ficaram ainda abaixo do desejado, o que impede a empresa de ter uma situação mais tranquila ao nível de tesouraria, considera o presidente da comissão executiva da TAP, Fernando Pinto.
Os resultados operacionais da TAP em 2003 ficaram ainda abaixo do desejado, o que impede a empresa de ter uma situação mais tranquila ao nível de tesouraria, considera o presidente da comissão executiva da TAP, Fernando Pinto.
Em editorial, publicado hoje no jornal da transportadora aérea, Fernando Pinto não refere números concretos, mas reconhece que a TAP registou resultados positivos no ano passado, tendo tido uma «performance» superior à de outras companhias que operam em Portugal.
Fernando Pinto, que tem-se escusado a comentar ou falar em resultados de 2003 antes destes estarem aprovados, refere ainda que a TAP registou um «estimulante aumento de 15,2% no número de passageiros transportados no primeiro mês do ano, face a Janeiro de 2003».
Embora considere que «é motivo de satisfação e orgulho constatarmos que a nossa companhia soube adaptar-se a tempo de começar a colher os frutos de, esperemos, consistente aumento de procura neste início do ano», o gestor alerta que é «ainda demasiado cedo para entrar em euforias, já que, nos conturbados tempos que correm, não estamos livre de ser confrontados com acontecimentos inesperados e variações súbitas».
No mesmo jornal, o presidente do conselho de administração da TAP, Cardoso e Cunha, considera que a visão do futuro é, à partida, «nublada».
«Quando o desafio é, como no caso da nossa empresa, garantir a estabilidade e a sobrevivência num negócio pleno de incógnitas e de surpresas, o imperativo de objectividade é vital. Há que expurgar toda a informação de qualquer romantismo e de intenções oblíquas, que não sejam, pura e simplesmente, do interesse da empresa».
Em declarações hoje publicadas no Jornal de Negócios, Cardoso e Cunha demarca-se dos números que têm sido divulgados na imprensa sobre os resultados da TAP em 2003, que afirma ainda não ter visto, nem aprovado. Para o presidente da companhia, a revelação há cerca de duas de semanas de pretensos resultados da TAP, acima de 20 milhões de euros, «numa altura em que o conselho de administração não tinha, como não tem ainda hoje, dado qualquer aprovação, foi indiscutivelmente um acto hostil à TAP».