Notícia
Pilotos da TAP têm salário médio mensal de 8.600 euros
A TAP conta nos seus quadros com 800 pilotos que ganham um salário médio bruto na ordem dos 8.600 euros, que subiria em mais mil euros face ao aumento de nove por cento exigido pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC).
26 de Setembro de 2009 às 16:13
A TAP conta nos seus quadros com 800 pilotos que ganham um salário médio bruto na ordem dos 8.600 euros, que subiria em mais mil euros face ao aumento de nove por cento exigido pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC).
"Os 800 pilotos da TAP têm um salário médio bruto de 8.600 euros mensais e o aumento de nove por cento exigido pelo SPAC faria subir esse valor para os 9.600 euros. Mais mil euros por mês para cada um, vezes os 14 meses de vencimento, num custo total anual para a TAP de mais 11,5 milhões de euros", revelou hoje à agência Lusa fonte oficial da transportadora aérea.
Em Portugal existem mais de 2 mil pilotos comerciais de linha aérea, uma profissão que exige formação, foge à rotina e é bem remunerada, mas à qual também estão associados riscos. Saúde, vida pessoal e familiar podem ser afectadas.
Considerado uma das regalias das profissões, o salário de um piloto acabado de formar começa nos "1.000 euros por mês, mas ao fim de uma carreira longa, um piloto que, por exemplo, assume funções de instrução na Airbus pode receber 15 mil euros por mês", disse à agência Lusa João Moutinho, professor do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC).
As outras regalias da profissão passam, segundo João Moutinho, pelo "acesso ao conhecimento, a viagens e a cultura. Não é um trabalho sedentário, rotineiro, há oportunidade de lidar com um universo de pessoas muito díspar, o que pode ser encarado como uma vantagem".
Mas também há riscos: "Há um risco de integridade física que tem de se assumir e que é permanente e há também o risco de volatilidade da profissão", disse o coordenador da formação aeronáutica do ISEC.
Francisco Toscano, secretário-geral da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA), explicou à Lusa que existem três níveis de formação civil: piloto particular de aeronaves (PPA), piloto comercial de aeronaves (PCA) e piloto de linha aérea (PLA).
Nestes três níveis, que são iguais para os pilotos de aviões e de helicópteros, existem dois escalões: oficial piloto e comandante.
Ter o 12.º ano de escolaridade e "passar os testes médicos e psicotécnicos específicos", são, segundo Francisco Toscano, os requisitos mínimos para se poder ser piloto de linha aérea. Cumpridos estes requisitos, é necessário frequentar uma escola certificada.
"Estas escolas têm um programa que leva os alunos a estudarem, no mínimo, 18 meses para obterem uma licença de piloto profissional. São 12 matérias, grandes disciplinas, que vão da meteorologia às técnicas de navegação", explicou.
Depois da obtida esta licença teórica de piloto de linha aérea que, em Portugal, "não custa menos de 60 mil euros", são necessárias 3.000 horas de voo para poder assumir funções de comando, bem como formação específica para cada modelo de avião, explicou João Moutinho.
"Não é como com os automóveis, em que basta tirar a carta para poder conduzir qualquer modelo", exemplificou João Moutinho.
No exercício da profissão, os pilotos estão também sujeitos a ruidos vibroacústicos, a "baixas pressões de oxigénio, a baixo teor de humidade do ar no cockpit, bem como a alterações constantes no ritmo circadiano" (), explicou o secretário-geral da APPLA.
Os mais de 2.000 pilotos comerciais de linha aérea que, segundo a APPLA, existem em Portugal, correm também alguns risco de "manutenção de integridade familiar", uma vez que trabalham por turnos e estão sujeitos a constantes mudanças do fuso horário.
"Os 800 pilotos da TAP têm um salário médio bruto de 8.600 euros mensais e o aumento de nove por cento exigido pelo SPAC faria subir esse valor para os 9.600 euros. Mais mil euros por mês para cada um, vezes os 14 meses de vencimento, num custo total anual para a TAP de mais 11,5 milhões de euros", revelou hoje à agência Lusa fonte oficial da transportadora aérea.
Considerado uma das regalias das profissões, o salário de um piloto acabado de formar começa nos "1.000 euros por mês, mas ao fim de uma carreira longa, um piloto que, por exemplo, assume funções de instrução na Airbus pode receber 15 mil euros por mês", disse à agência Lusa João Moutinho, professor do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC).
As outras regalias da profissão passam, segundo João Moutinho, pelo "acesso ao conhecimento, a viagens e a cultura. Não é um trabalho sedentário, rotineiro, há oportunidade de lidar com um universo de pessoas muito díspar, o que pode ser encarado como uma vantagem".
Mas também há riscos: "Há um risco de integridade física que tem de se assumir e que é permanente e há também o risco de volatilidade da profissão", disse o coordenador da formação aeronáutica do ISEC.
Francisco Toscano, secretário-geral da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA), explicou à Lusa que existem três níveis de formação civil: piloto particular de aeronaves (PPA), piloto comercial de aeronaves (PCA) e piloto de linha aérea (PLA).
Nestes três níveis, que são iguais para os pilotos de aviões e de helicópteros, existem dois escalões: oficial piloto e comandante.
Ter o 12.º ano de escolaridade e "passar os testes médicos e psicotécnicos específicos", são, segundo Francisco Toscano, os requisitos mínimos para se poder ser piloto de linha aérea. Cumpridos estes requisitos, é necessário frequentar uma escola certificada.
"Estas escolas têm um programa que leva os alunos a estudarem, no mínimo, 18 meses para obterem uma licença de piloto profissional. São 12 matérias, grandes disciplinas, que vão da meteorologia às técnicas de navegação", explicou.
Depois da obtida esta licença teórica de piloto de linha aérea que, em Portugal, "não custa menos de 60 mil euros", são necessárias 3.000 horas de voo para poder assumir funções de comando, bem como formação específica para cada modelo de avião, explicou João Moutinho.
"Não é como com os automóveis, em que basta tirar a carta para poder conduzir qualquer modelo", exemplificou João Moutinho.
No exercício da profissão, os pilotos estão também sujeitos a ruidos vibroacústicos, a "baixas pressões de oxigénio, a baixo teor de humidade do ar no cockpit, bem como a alterações constantes no ritmo circadiano" (), explicou o secretário-geral da APPLA.
Os mais de 2.000 pilotos comerciais de linha aérea que, segundo a APPLA, existem em Portugal, correm também alguns risco de "manutenção de integridade familiar", uma vez que trabalham por turnos e estão sujeitos a constantes mudanças do fuso horário.