Notícia
Pedro Sánchez evita falar sobre TAP na Iberia mas apoia "estreitar laços"
Sánchez disse que "não cabe ao Governo de Espanha posicionar-se, logicamente, sobre um assunto que afeta uma empresa privada", mas adiantou que "tudo o seja estreitar laços com os nossos amigos portugueses é sempre bem-vindo".
15 de Março de 2023 às 16:11
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez (na foto), recusou esta quarta-feira pronunciar-se sobre a privatização da companhia aérea TAP, em que a espanhola Iberia é potencial interessada, embora reconhecendo que "tudo o que seja estreitar laços" com Portugal "é sempre bem-vindo".
Questionado sobre a possibilidade de o grupo da companhia aérea espanhola Iberia poder comprar a TAP, no âmbito do anunciado processo de privatização da empresa portuguesa, Sánchez disse que "não cabe ao Governo de Espanha posicionar-se, logicamente, sobre um assunto que afeta uma empresa privada", mas adiantou que "tudo o seja estreitar laços com os nossos amigos portugueses é sempre bem-vindo".
Sánchez disse saber que a possibilidade de a Iberia vir a comprar a TAP tinha sido "objeto de debate" em Portugal, mas recusou pronunciar-se sobre eventuais vantagens dessa operação ou revelar se tinha abordado o assunto com o homólogo português, António Costa, na cimeira ibérica que decorreu esta quarta-feira em Lanzarote, nas ilhas Canárias.
"Evidentemente, corresponde às autoridades portuguesas e também, logicamente, se tiver alguma repercussão comunitária, às autoridades europeias" pronunciar-se sobre o assunto, disse Sánchez, ao lado de António Costa, na conferência de imprensa final da 34.ª cimeira ibérica.
Já o primeiro-ministro português assegurou que no encontro desta quarta-feira em Lanzarote só falou com Sánchez sobre transportes terrestres, nomeadamente a nova ligação de comboio que unirá Lisboa e Badajoz em 2024, os projetos de alta velocidade entre o Norte de Portugal e a Galiza e o Algarve e a Andaluzia, assim como novas infraestruturas rodoviárias entre os dois países previstas no âmbito dos fundos europeus do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
No final de janeiro, o ministro da Economia, António Costa Silva, admitiu, numa entrevista ao jornal espanhol Eleconomista.es, haver vantagens numa eventual compra da TAP pelo grupo que detém a companhia aérea Iberia, por causa das ligações com Madrid e o impulso que poderiam dar ao turismo.
Mais tarde, o ministro acabou por dizer que a Iberia "não é uma boa solução" para a privatização da TAP, mas defendeu que se o "processo for competitivo" e com muitos interessados haverá "uma saída mais benéfica".
"Eu particularmente penso que não é uma boa solução a Iberia", admitiu António Costa Silva, num debate no parlamento em fevereiro, apontando que se houver "uma proposta da Iberia, como da Lufthansa, como de outras companhias, e o processo for competitivo, muito provavelmente poderá haver uma saída mais benéfica para todo este dossiê".
O ministro da Economia e do Mar insistiu que o Governo está a "tentar atrair o máximo de interessados na TAP para que o dinheiro público que foi investido, de certa maneira seja recuperado, ou pelo menos parte desse dinheiro".
"O processo de privatização foi o Governo que decidiu e anunciou, ele está em curso, e compete-me a mim, quando estou nos vários países, atrair o maior número de interessados para a nossa companhia aérea", realçou, deixando claro que este dossiê não é da sua tutela.
Questionado sobre a possibilidade de o grupo da companhia aérea espanhola Iberia poder comprar a TAP, no âmbito do anunciado processo de privatização da empresa portuguesa, Sánchez disse que "não cabe ao Governo de Espanha posicionar-se, logicamente, sobre um assunto que afeta uma empresa privada", mas adiantou que "tudo o seja estreitar laços com os nossos amigos portugueses é sempre bem-vindo".
"Evidentemente, corresponde às autoridades portuguesas e também, logicamente, se tiver alguma repercussão comunitária, às autoridades europeias" pronunciar-se sobre o assunto, disse Sánchez, ao lado de António Costa, na conferência de imprensa final da 34.ª cimeira ibérica.
Já o primeiro-ministro português assegurou que no encontro desta quarta-feira em Lanzarote só falou com Sánchez sobre transportes terrestres, nomeadamente a nova ligação de comboio que unirá Lisboa e Badajoz em 2024, os projetos de alta velocidade entre o Norte de Portugal e a Galiza e o Algarve e a Andaluzia, assim como novas infraestruturas rodoviárias entre os dois países previstas no âmbito dos fundos europeus do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
No final de janeiro, o ministro da Economia, António Costa Silva, admitiu, numa entrevista ao jornal espanhol Eleconomista.es, haver vantagens numa eventual compra da TAP pelo grupo que detém a companhia aérea Iberia, por causa das ligações com Madrid e o impulso que poderiam dar ao turismo.
Mais tarde, o ministro acabou por dizer que a Iberia "não é uma boa solução" para a privatização da TAP, mas defendeu que se o "processo for competitivo" e com muitos interessados haverá "uma saída mais benéfica".
"Eu particularmente penso que não é uma boa solução a Iberia", admitiu António Costa Silva, num debate no parlamento em fevereiro, apontando que se houver "uma proposta da Iberia, como da Lufthansa, como de outras companhias, e o processo for competitivo, muito provavelmente poderá haver uma saída mais benéfica para todo este dossiê".
O ministro da Economia e do Mar insistiu que o Governo está a "tentar atrair o máximo de interessados na TAP para que o dinheiro público que foi investido, de certa maneira seja recuperado, ou pelo menos parte desse dinheiro".
"O processo de privatização foi o Governo que decidiu e anunciou, ele está em curso, e compete-me a mim, quando estou nos vários países, atrair o maior número de interessados para a nossa companhia aérea", realçou, deixando claro que este dossiê não é da sua tutela.